domingo, 4 de novembro de 2012

Cultura: X-Men

Nossa... eu sabia que tinha ficado um tempo afastado daqui, mas não imaginava que fosse tanto... são mais de 20 dias sem passar por aqui. Mas devo dizer que foi por um bom motivo...

Bom... dependendo do ponto de vista, foi por um bom motivo. hahaha

No último mês eu imergi num mundo paralelo. Li incansávelmente os quase dez anos de publicações dos quadrinhos do universo Ultimate da Marvel. Aqui no Brasil, a linha de quadrinhos foi rebatizada de Millennium (provavelmente por ter começado a ser publicada na virada do milênio, de 2000, pra 2001).

Eu tenho um carinho do mais especial pelos heróis da Marvel. Os heróis nunca são aqueles símbolos morais, de postura inabalável e incorruptíveis. Os heróis são cheios de falhas e contestações, assim como qualquer ser-humano comum.

E nesse universo todo, tem uma ramificação que me encanta. Os X-men são uma das franquias mais geniais de todas essas.


Eu fico realmente triste quando uma pessoa assiste desenhos ou filmes ou lê quadrinhos dos X-men só pelas lutas e pelos efeitos especiais. Tem uma discussão bem mais profunda nisso tudo. Eles são odiados, temidos e perseguidos por algo do qual eles não tiveram escolha. Eles simplesmente nasceram assim. Lembra de alguma coisa?

E o fato de os poderes mutantes se manifestarem geralmente durante a puberdade, só torna a metáfora ainda mais evidente. E, como se esse cenário geral já não fosse sensacional por si só, ainda há os personagens excelentes, como o cara que e uma besta por fora, mas um gênio por dentro, o homem que é a mente mais poderosa da Terra, mas está confinado numa cadeira de rodas ou a moça que não pode tocar alguém que absorve sua essência, numa mistura de toque-de-Midas com uma busca constante pela descoberta da própria essência.

Achei uma pena que, no decorrer das publicações, os Ultimate X-men tenham deixado de lado essa questão de preconceito em razão de "lutas e efeitos especiais". Apesar de ter continuado a ser fantástico, acho que perdeu um pouquinho daquilo que o torna bom de verdade. Não acompanho os mutantes do universo comum, mas tenho uma compilação ou outra onde dá pra sentir um sabor da genialidade da coisa.

Essa franquia tem ainda muito pano pra manga e é atuabilíssima, apesar de já ter quase 50 anos de idade. Só espero que alguém aí no futuro perceba que, tanto a franquia como os fãs ganhariam muito mais se buscasse-se mais roteiros e arcos de história inteligentes em vez desse foco pesado em brigas colossais e titânicas.

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Bom, por hoje é só. Estive mesmo fora de órbita nesses últimos 20 dias, mas agora estou de volta.

Beijos, abraços e até a próxima!

6 comentários:

  1. Eu também admiro os X-Men por serem esse reflexo da vida real, mas digo que não sou tão "fanático" quanto você, hahaha! Assisti aos filmes, acompanhei alguns desenhos, HQs zero... Aliás, os tempos de glória daquele seriado "Heroes" também tinham cara de X-Men...

    Vê se não some, hein?

    Abração!

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    1. Vou tentar não sumir de agora pra frente.
      Agora, sobre Heroes, eu acho que, apesar de ser evidentemente inspirado nos mutantes, ele tinha um toque bem diferente, não vou saber explicar agora, faz tempo que eu vi Heroes. Mas, na primeira temporada era bem bacana. Pena que avacalhou depois :S

      abraço!

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  2. muito legal o post... nunca imaginei poder encontrar semelhanças entre a história dos X-men e minha própria vida.

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    1. Pois é. Dá pra enxergar metáforas de vida onde menos se imagina.
      :)

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  3. Muito legal essa comparação, muito bem observado. Meu super-herói favorito é o batman, justamente aquele que não tem super-poder nenhum.

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    1. Pois é. Batman é bem bacana sim. Mas eu tenho certa preferência pelos heróis da Marvel. :)

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