quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Coisas da Vida: As Viradas de Mesa - Parte I de II

Eu costumo deixar para fazer os comentários no fim do texto, mas acho importante que, desta vez, eu faça alguns antes.

Este texto foi escrito por mim cerca de uma semana antes do "fim do mundo". Foi numa espécie de recaída que eu tive na deprê antes de conseguir levantar a cabeça e enxergar as coisas com mais otimismo. Eu tinha achado o texto tão pra baixo e o clima do blog já tava tão down que eu resolvi não postar na época. Por algum motivo eu guardei o texto e hoje eu entendo o porquê.

Eu, de certa forma, lá no fundo, sentia que as coisas estavam para mudar. E me surpreendeu a forma como algumas coisas acabaram acontecendo de forma rápida e, inusitadamente natural. Então eu apresento este texto como um "antes" e em aproximadamente uma semana publicarei o "depois".

Sem mais delongas, eis o texto:

Muitas lágrimas já desceram ao som desta música... Vale a pena conferir a letra. Sempre me identifiquei pra caralho com ela.

---

É claro que essa história de fim de mundo é uma besteira. Desde que eu me entendo por gente, já deve ter passado dois ou três "fins de mundo". Mas também é claro que dá para se divertir em cima disso. Fico aqui fazendo contagem regressiva. "Aproveite seus últimos 6 dias de mundo!"

Mas não sei se é porque eu tenho esse instinto masoquista e sempre arrumo um motivo para isso, mas essa 'brincadeira' me faz pensar. Pensar em tanta coisa... e pensar assim me faz sofrer. Explicarei por que:

Eu, em vez de pensar em tudo aquilo de bom que eu consegui, só consigo pensar em tudo de ruim que eu fiz. Ou então tudo de bom que eu deixei de fazer. Remoo todas as minúcias de falhas pelas quais eu passei.

O mundo acabando e eu aqui pensando naquela merda que eu falei 5 anos atrás que provavelmente só eu lembro de ter falado. Ou então aquela ação que eu tomei uma vez que foi reprovável e reprovada, mesmo que só eu tenha a reprovado. Ou aquela vez, quando me apaixonei pela primeira e única vez, onde foi tudo uma desilusão escrota. Ou o fato de até hoje eu estar tentando deixar isso pra lá. Sem sucesso.

O fato é que eu insisto em ressuscitar os fantasmas. Às vezes sem a mínima consciência de tal. Hoje mesmo encarei um fantasma do passado que eu pensava estar enterrado, só pra descobrir que ele ainda está assombrando. E forte.

E o mundo acabando e eu sem seguir em frente. Pouco mais de 20 anos na cara e eu ainda não consegui dar rumo pra minha vida profissional, minha vida pessoal é inexistente, minha família tá aí, mas quase não dá pra sentir sua presença. Amigos? Eles têm coisas muito mais importantes para gastar seu tempo do que eu.

E a cidade inteira piscando essas luzes que anunciam que mais um ano tá chegando no fim. Só pra começar um novo. Mesmo se o mundo acabasse, acho que começaria um novo só pra todo mundo continuar tendo que encarar seus problemas (mais ou menos como acontece no final de Matrix). Todos os ônus. Bônus ficam para a próxima vida. Ou talvez nem isso.

Clique aqui para ler a parte II

---

O "fantasma" que falei no texto é o mesmo Fred de quem eu falei em algumas postagens atrás. É muito foda tentar reconstruir uma amizade nas nossas condições.

Já vou adiantar o texto e programar sua postagem para semana que vem. Bem provável que seja quarta-feira, logo na virada da noite anterior.

Aproveitem o mundo enquanto não marcam um novo apocalipse. Ouvi rumores de que vai acabar em 2017 ou 2019... hahahha!

Abraço forte!

Até a próxima!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

In my Life - Quando me apaixonei pela primeira vez - The Aftermath

Clique para ler a Parte III

Ou aqui para ler do começo

Como havia dito, eu havia levado O fora do cara que eu curtia. É claro que não foi um fora escroto, foi até bem manso e atencioso. Mas você não vê por esse lado quando você está no estado que eu estava.

"E ainda estou confuso, só que agora é diferente
Estou tão tranquilo e tão contente"

Por um mês inteiro que sucedeu ao fato de eu ter contado tudo para o Fred, eu fiquei na bad. Principalmente na primeira semana, foi a fossa das fossas. Era raro eu sair de casa. Era raro eu levantar da cama.

Eu me sentia tão sozinho... estava brigado com meus pais, meus outros parentes não estavam nem aí, meu melhor amigo, por quem eu era apaixonado estava me tratando de um jeito tão esquisito, eu já não tinha amigos na faculdade (e nem pretensões, já que eu nem gosto do meu curso e me sentia muito culpado por isso, o que piorava a minha situação), eu tava sendo deixado de lado por tudo que me importava na vida. Em outras palavras: eu não tinha chão. Só queda livre. Para todo o sempre.

Mas era só o que eu achava. Não tenho como demonstrar gratidão o suficiente por Luiz e Ana terem ficado ao meu lado em momento que eu estava tão fragilizado.

No fim desse mês de fossa, rolou uma viagem com esse grupo de amigos. Uma viagem sensacional em quase todos os sentidos. Me diverti pacas, mas ao mesmo tempo estava morrendo de desgosto por ter sido deixado de lado pelo Fred, que também estava na viagem. O fato é que nessa viagem me ficou muito claro uma coisa: continuar vendo o Fred quase todo dia, como sempre havia sido, não ia me fazer bem nenhum. Muito pelo contrário.

Ele não sabia mais como se portar comigo. Ele já me tratava de um jeito diferente, às vezes meio agressivo, às vezes meio frio. Eu, por outro lado, tentava observar nos mínimos gestos dele algo que pudesse indicar que ele fosse voltar atrás em sua decisão e resolver ficar comigo. A gente se gostava muito (claro que de maneiras diferentes), mas nenhum dos dois sabia direito como se portar mais. E o mais afetado com isso tudo era eu.

Decidi então me afastar. Era tempo de pensar em mim mesmo e a nossa amizade continuava me corroendo. Eu não estava melhorando nem um pouco. Então, para o meu bem (e ainda espero que também para o bem de nossa amizade), eu cortei relações com ele. Não ligaria pra ele e também não queria que ele me ligasse. Nem mandasse mensagens. Deletei-o no facebook e evitava sair com o pessoal se ele fosse sair junto. Arranquei o band-aid de uma vez só.

No início foi terrível. Ele era o meu maior cúmplice. A gente fazia tudo junto e estava junto o tempo todinho. De repente, eu volto a me ver o tempo quase todo sozinho, tendo de viver comigo apenas e com o mundo. Ana e Luiz eram ótimos e sempre davam apoio, mas a convivência com eles nunca chegou nem perto do que era com o Fred.

E havia ainda outros agravantes da minha situação... e eu lá, all by myself. Mesmo Luiz que estava numa fossa muito parecida comigo arrumou uma namorada e tava todo feliz da vida. Eu sentia que tava todo mundo seguindo em frente, sacudindo a poeira e dando a volta por cima e eu lá, atolado na lama. E sem ninguém pra ajudar a empurrar.

Mas o anjo que nunca saiu do meu lado foi a Ana. Ela sempre fazia questão de saber se eu estava bem e de fazer o que estava a seu alcance para me ajudar a me sentir melhor. Ela já tinha passado por uma situação sentimental muito parecida com a minha (mas bem pior) e sabia exatamente o que eu estava sentindo. E estava lá pra dar o suporte.

Não foi um processo rápido. Demorou este segundo semestre de 2012 inteirinho, mas eu reconstruí minha auto-estima. Como disse no post do fim de ano passado, minha vida não está perfeita. Está bem longe disso, aliás. Só que isso não é o fim do mundo. Eu posso muito bem tentar resolver uma coisa de cada vez. E este ano foi o tempo de eu me resolver comigo mesmo. 2013 agora eu vejo como sendo o tempo de eu resolver meus estudos e trabalho e assim vai. Aos poucos.

Eu ainda tenho meus dias ruins, mas na maior parte dos dias, eu acordo sorrindo para o dia e ele me sorri de volta. E se ele não sorri, eu taco o foda-se e continuo sorrindo. E não há tesouro que compre esse sentimento. E eu sei que pensando assim eu vou conseguir construir um futuro bem melhor do que eu teria se deixasse de construir a minha própria força. Ou se ficasse mentindo pra mim mesmo dizendo que não havia problema na minha vida e fosse levando como se nada tivesse acontecido.

Pra concluir, falando a verdade, a última coisa em que estou pensando agora é me envolver sentimentalmente com alguém, mas não descarto essa possibilidade. Como disse uns dois parágrafos atrás, uma coisa de cada vez. E, dessa vez, acho que é hora de pensar no meu futuro.

---

E assim conclui-se a história da minha maior desventura amorosa. Se der na telha, eu continuarei trazendo fatos da minha vida que eu ache interessante compartilhar.

Meus caros, tudo na vida tem saída e, mesmo que você não consiga enxergar agora, você vai conseguir em algum momento. Você só precisa ter fé em si mesmo e no poder do tempo (e agora eu tô soando igual a livro de auto-ajuda. Como eu odeio isso! Então vou parar por aqui!!!)

Beijos e abraços

domingo, 20 de janeiro de 2013

Coisas da vida: Sobre o Charme

Charme: palavra misteriosa. Eu não sei exatamente e acho que não há ninguém que saiba medir o que é o charme. Só que charme, pelo menos é o que eu penso, pode ser determinante para o quanto uma pessoa chama a atenção. Um cara pode nem ser tão bonito, mas muito charmoso e isso, de certa forma, o torna bonito. Enquanto um outro pode ser lindo, mas sem charme nenhum, ele acaba ficando sem sal.

"Eu só queria enxergar..."

Charme pode ser tantas coisas! Às vezes pode estar ligado à beleza física. Olhos penetrantes ou um sorriso belo podem ser um charme. Mas tem coisas muito além que podem ser charmosas também. Um papo firme, um humor magnético, talvez só uma cabeça legal ou uma postura bacana já sejam um baita de um charme.

O fato é que todo mundo tem um "quê a mais". Seja aquele que contagia todo mundo do ambiente ou então um charme mais direcional, que poucos têm o privilégio de apreciar (o que não quer dizer que não exista).

Talvez por esta geração (ou talvez todas as gerações, sei lá. Talvez isso seja um mal inerente à natureza humana) ser tão bitolada por aparências, devido a um "preconceito visual", muitos acabam deixando escapar pessoas que são tesouros inestimáveis.
Wagner Moura é um exemplo de homem no qual não vejo 
nenhuma beleza especial, mas é detentor de um charme e tanto!

Um dos motivos de eu não curtir balada é que lá, tudo se resume a aparências, sensações primeiras e imediatas. O que, por um lado, pode até ser bom, mas não se pode resumir a sua vida íntima a isso. Tudo bem se você gosta, mas não deixe isso limitar a sua vida.

Eu já curto mais um lugar onde se possa bater um papo bacana, apreciar a paisagem, beber alguma coisinha ou comer uma boa refeição ou lanche. Pode ser que seguindo este meu caminho seja bem mais difícil achar alguém "do meio", mas eu não perco a esperança. Duas pessoas muito especiais da minha vida já falaram uma coisa muito bonita que quebrou um pouco o meu ceticismo em relação a coisas metafísicas e sobrenaturais:

Nada acontece por acaso. Viemos de outras épocas e outros mundos e estamos sempre nos despedindo e nos encontrando. Quando você encontra aquela pessoa que parece que faz eras que se conhecem, muitas vezes é porque vocês não estão se conhecendo, mas se reencontrando. A tendência é se reencontrar.

Bom, acreditar nisso ou não já vai de cada um. E isso também nem tem muito a ver com o tema central da postagem, mas achei bacana dizer. O que importa é que as pessoas não fiquem obcecadas por tornar-se algum ícone de beleza ou por copiar aquelas figuras que a mídia gosta tanto de propagar como padrão de beleza. É só cuidar de si que uma hora vai aparecer alguém.

As raízes da beleza e, principalmente do charme, vão muito além de qualquer um desses conceitos que hoje são tão difundidos por aí.

---

Bom, galeras, esse é o texto. Ele é meio que continuação do post que escrevi na semana passada. A ideia era ter feito estes dois textos juntos, mas o primeiro foi tomando um caminho em que ele terminou se fechando em si, então resolvi fazer textos separados. Talvez ainda haja um terceiro tema que feche esta trilogia de posts, mas ainda vou ver se escrevo ou não.

E por hoje é só mesmo. Quarta-feira teremos o último post relativo à vez que me apaixonei pela primeira vez, contando o que aconteceu comigo depois, como, no fim das contas, acabei dando a volta por cima me tornando uma pessoa, de certa forma, mais forte.

Ósculos e amplexos

Até a próxima!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

In my Life - Quando me apaixonei pela primeira vez - Parte III de III

Clique para ler a Parte II

Como a amizade é importante! Como eu sempre ignorei isso? Não por mal. Às vezes simplesmente por medo de me expor. Medo de eles acharem isso tudo que eu sinto piegas e bobo. Ah, qualé! No fundo, todo ser humano é piegas. Por mais que se esconda atrás de máscaras de intelectualidade, macheza ou seja lá o que for.

Música brega demais. Nem parece ser mesmo dos Mutantes, mas eu gosto. O que eu acabei falar de pieguismo mesmo?

O primeiro pra quem contei tudo foi o Luiz. Foi importantíssimo tirar esse peso das costas. Na hora eu fiquei desconcertado... Eu sempre fico desconcertado quando falo dos meus sentimentos. Ainda mais pessoalmente... O Luiz, que conhecia e era amigaço do Fred há bem mais tempo que eu, disse que sentia que havia uma ligação muito, muito forte entre eu e o dito, mas que ele não entendia direito o que era isso, qual era a função desse sentimento. Ele virou meio que meu confidente a partir daí. E eu o dele.

Depois disso, foi a vez da Ana. Ela observa muito os comportamentos das pessoas e logo foi juntando as peças e entendendo o que estava rolando. Ela inclusive percebeu minha proximidade com o outro Luiz e chamou ele pra conversar num canto e falou algo assim:

-Poxa, é triste ver o LC nesse estado, né?
-Aham!
-Acho que ele está gostando muito de alguém.
-Sei lá... deve ser.
-O pior é que o Fred nem se toca, né?

Meu amigo ficou tão surpreso que ele nem conseguiu desconversar. Depois veio falar disso comigo meio preocupado por ter "deixado escapar" meu segredo, mas eu tava de boa. A Ana ia ser a próxima pra quem eu ia contar mesmo... E que amizade sensacional foi essa que floresceu a partir daqui! Talvez depois eu dedique um post só a ela.

Mas o que aconteceu foi que esses dois me ajudaram a achar as forças pra ir atrás do que eu queria. E eu queria o Fred. Antes, claro, eu tinha que ter certeza sobre os sentimentos dele, então foi isso que eu fiz. Aproveitei um dia em que eu estava quase explodindo o sentimento dentro de mim, tomei uns goles de vodka pra criar coragem e falei.

Contei que era ele a pessoa inesperada que apareceu no meu caminho que fez eu mudar tantas concepções sobre tantas coisas sobre mim e sobre o mundo. Contei que ele era a pessoa por quem eu tanto sofria e quem eu tanto queria. Falei um monte de coisa sentimental que agora eu nem lembro mais. Acho que eu nunca chorei tão copiosamente na frente de outra pessoa como nesse dia. Eu, que não costumava chorar na frente de ninguém. Ele disse bem despreocupado que tava tudo bem, mas que essa não era a dele. E que não precisávamos deixar de ser amigos por causa disso.

Foi um fora muito carinhoso, mas foi um fora. E pra mim, foi O fora. Eu, que nunca tinha gostado de ninguém e que, de repente, me via gostando tanto de alguém que não enxergava um futuro longe desse cara. Nem consegui dormir essa noite. Fiquei chorando a madrugada inteira. E fiquei ultra triste a semana inteira. O pior é que a gente tinha que se ver quase todo dia. Estávamos no mesmo grupo de trabalho e no mesmo grupo de amigos. Foi dose! Mas com a ajuda do Luiz e da Ana, eu consegui passar por tudo. Foi muito dolorido, mas eu sobrevivi.

O que veio depois disso

---

Bom, acho que a história (quase) toda é essa. Eu queria ter escrito com mais detalhes ou sei lá, mas isso foi o que saiu e eu acho que é bom o bastante. O importante é o sentimento que isso tudo me causou e espero ter conseguido passar isso pros leitores.

Ainda vou fazer mais um capítulo dizendo o que aconteceu depois, até eu chegar neste lugar onde estou. Falei sobre esse "lugar" no meu post do fim do ano passado e tentarei explicar um pouco melhor o processo no próximo texto.

E por hoje é só, pessoas!

Beijos, abraços e força!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Coisas da Vida: Mente sã


Vou dizer uma coisa: acho muito feio gente bombada. Sei lá, é um gosto pessoal, cada um tem o seu e ponto. Entretanto, eu devo acrescentar que nem é exatamente o aspecto visual que me traz esse desgosto por essa galera mais "forte", mas uma outra série de fatores.

Outro contexto, mensagem parecida (pelo menos no meu ponto de vista). Musiquinha pra acompanhar o post.

Eu sempre fui da concepção que é muito mais importante o conteúdo que a embalagem. A beleza física é uma coisa linda, mas é passageira. Uma mente sã tem longevidade vitalícia (a não ser em casos de doenças psicológicas ou Alzheimer, mas não vamos por esse caminho). Eu sei que parece clichê isso que eu tô falando, mas é muito verdade.

Sem contar que atualmente as pessoas estão meio malucas. Muitos estão por aí nos chamando de "geração saúde", mas eu nos chamo de "geração aparências". Pelo que eu tenho enxergado por parentes, colegas e conhecidos, é que há uma preocupação muito maior em mantes as aparências do que em realmente se ser saudável. É apenas conveniente que a saúde venha junto.

E isso quando se tem saúde. Tem alguns que ficam tão obsessivos com isso que abdicam até da saúde para ter um corpo perfeito, digno de muitos desses "atores" globais. Mas o ponto central do texto não é este, então vamos parar por aqui.

Uma coisa é certa: ninguém é perfeito. Outra coisa é certa: viver é fazer escolhas. Para ter o corpo perfeito, algum outro aspecto da sua vida com certeza foi sacrificado. E muito certamente, as horas gastas na academia sacrificaram um livro bacana, um filme belo, um disco inteligente ou uma peça instigante.

Não sei quanto a vocês, mas a pior coisa é uma pessoa linda, mas sem conteúdo. Uma hora vai encher o saco só olhar pra ela. Mas um papo massa é coisa de outro mundo. Não há coisa melhor que poder ficar horas falando com uma pessoa, nem que seja sobre as trivialidades do universo (ou, às vezes, principalmente se forem as trivialidades :p ). Quando a cabeça é legal, até as trivialidades são as coisas mais interessantes da Terra!

E, por isso, acho muito, MUITO melhor um magrelo inteligente, um gordinho cabeça do que um saradão que seja só isso: um saradão. Claro que não devemos virar uns enclausurados que só se alimentam de cultura e deixam o corpo pra lá. Sejamos saudáveis. Só que saúde não é sinônimo de corpo "perfeito", devemos aprender isso. Um dia a idade bate e você não vai ser capaz de manter o corpo e as faces da mesma maneira que era antes. E, por favor, não deixe que o auge da sua vida seja um corpão bonito que você tinha aos vinte e tantos anos.

---

Bom, galera. É isso. Engraçado que eu queria ter falado de mais coisas, mas o texto foi tomando forma de um jeito que essas outras coisas acabaram ficando de fora. Curioso como isso acontece quando você vai escrevendo! Então acho melhor deixá-las para uma próxima vez.

Dei uma quebra nas postagens sobre meu primeiro "amor", mas eles continuarão sendo postados. Na quarta-feira tem a terceira e última parte da história, mas eu vou fazer uma quarta parte, que envolve o que foi acontecendo comigo em decorrência de tudo que eu contei.

Beijos, abraços e nos vemos na próxima!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

In my Life - Quando me apaixonei pela primeira vez - Parte II de III

Clique para ler a Parte I

"Já era. Fudeu. E aí? Como é que faço agora? Estava apaixonado. Porra nenhuma! Isso de se apaixonar é coisa de novela. Ou então pra qualquer outra pessoa do mundo. Eu não. Eu sei que eu nasci pra ficar sozinho e já me conformei com isso. E não há nada que vá me fazer mudar de ideia.

Música perfeita para o momento e o sentimento

"Além do mais, isso é uma paixonite, uma besteirinha. Jajá passa.

"Mas aqueles olhos... não! Nada disso.

"Mas aquela voz... ah! Que isso! Que besteira!

"O jeito que ele me trata, que ele me toca... será mesmo?

"As coisas que ele me fala... aquelas pernas! Tudo! Não é possível! Não consigo tirar mais essa peste da minha cabeça!

"Mas ele tem namorada. Ele num quer nada comigo! Mas ele passa mais tempo comigo do que com ela! A gente troca mensagem o tempo todo. Quando se liga, fica horas falando porra nenhuma no telefone.

"E aquela vez em que ele... Mas aquela outra vez em que ele... E teve essa vez em que ele... Alguma coisa aí tem! Não é possível que seja só amizade mesmo. Olha o jeito que ele me olha! E olha essa necessidade de sempre me ter por perto!

"Olha! Ele terminou com a namorada! Aí está minha chance! Será mesmo? Ah, mas ele está tão tristinho! Vou consolá-lo sem esperar nada em troca [e realmente não tive. Mas foi a coisa certa a se fazer]. Ah, não acredito que ele quer voltar com ela. Haja carência! Céus! Ok. Que quebre a cara. Eu já falei o que tinha que falar, ele que se estrebuche.

"Eu sabia que ele ia se estrebuchar! Eu avisei. Mas nem vou jogar isso na cara dele, coitado... Ah, não me olha assim, vai! Ok, ok, vamos ao cinema, Fred! Só eu e você, mas sem segundas intenções... Só que me segurar tá ficando cada vez mais difícil!"

E assim foi por um bom tempo. Em meu silêncio e solidão, eu ia alimentando esse sentimento que eu sabia que tinha retorno. Ou será que não? Eu nunca soube de verdade. E o que no início era até bom, começou a me corroer por dentro. Será que ele não sentia o mesmo? Como ele não poderia?

Foi a essa altura que eu tive uma briga feia com meus pais (sobre assuntos totalmente alheios) que me botou numa deprê meio tensa. E a minha situação com o Fred não ajudou em nada o meu humor.

Aquilo que sentia por ele já estava me matando. E as pessoas começaram a perceber essa minha melancolia. Mesmo para alguém sempre tão fechado como eu, a tristeza estava ficando muito perceptível. Nem sei se os outros colegas de trabalho chegaram a juntar os pauzinhos e entender o motivo e, pra falar a verdade, nem me importava. E nem me importa. E eu achando que ia morrer com aquele sentimento preso na garganta.

Mas aí surgiram na minha vida duas figuras mágicas...

Clique para ler a Parte III

---

Esta é a segunda parte da história que eu acho que terá três partes. Reitero aquilo que disse na parte anterior sobre achar tudo muito bobo. Como é que eu me deixei derrubar por uma bobagem dessas? Até hoje eu não entendo... Mas aconteceu. E hoje sou uma pessoa bem mais forte por causa disso. No fim das contas, acho que tudo meio que tem seus motivos.

Is- iss- isso- é isso é- isso é tudo, pe- pe- i-isso é t-tudo, pe-pessoal

beijos, abraços e beijos e abraços!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

In my Life - Quando me apaixonei pela primeira vez - Parte I de III


Como já havia dito em outro post, não fui muito de me apaixonar perdidamente pela maior parte da minha vida. Achei até que era imune a essas bobagens. Até que aconteceu.

Musiquinha mais upbeat, só pra dar uma variada

Quando conheci o Fred, nem dei muita bola. Achei que era um menino bonitinho, fazia até o meu tipo, mas deixa pra lá. Enturmão demais, não gosto disso... Sem contar que ele tinha namorada. Tô longe!

Estávamos juntos numa espécie de grupo de trabalho. Nos víamos semanalmente. Eu às vezes me pegava olhando pra ele e ele olhando pra mim. (Pra falar a verdade, eu até hoje não entendi isso direito, mas isso eu tenho certeza que não era coisa da minha cabeça, diferente do que pode ser muitas das coisas que eu escrevo a partir daqui). Mas eu não tava nem aí. Só achava estranho. "Eu, hein... vai ficar encarando a tua namorada e me deixa em paz, vai!"

Mas, das palavras burocráticas que trocávamos, às vezes escapava um gosto musical em comum, uma ideia parecida, uma coisinha aqui, uma coisinha lá. Quando me dei conta, éramos "amigos de infância". Onde eu ia ele ia, onde ele estava, eu estava. Um outro amigo que tínhamos em comum, que o conhecia há mais tempo até me falou uma vez "cara, que saco! Eu não posso chamar o Fred pra fazer nada que ele já quer que chame o LC pra ir também".

Até aí tudo bem. Eu tava levando de boa. Era ótimo ter um amigo, um cúmplice como raras vezes antes tive a oportunidade de ter. Mas é que a gente tinha tanta coisa em comum... a gente vivia conversando por horas a fio, querendo mais... ele me abraçava com tanto gosto sempre que cumprimentava ou se despedia... eu, que não gostava de abraçar ninguém... ele chegava a passar mais tempo comigo do que com a namorada dele. E ela morria de ciúmes de mim. Dizia que eu ia tirá-lo dela.

Num dia de trabalho, conseguimos cumprir uma determinada meta e ele me deu um abraço tão apertado e tão longo que eu fiquei com as pernas bambas. Foi quando eu pensei comigo mesmo: "merda".

Parte II

---

E aqui conclui-se a primeira parte desta minha tosca desventura. Me sinto tão bobo revisitando todas essas memórias... mas lembro de algo que o poeta falou sobre cartas ridículas e afins e me sinto um pouco melhor.

O Cesinha, comentando naquele outro post que citei no início do texto, disse que esse era o meu "amor adolescente", que me veio tarde devido ao histórico que eu relatei no dito post. Eu até que concordo com ele. De verdade.

Aqui começa esta nova seção sobre posts que contam a minha história de forma não-cronológica. Preferi fazer uma seção nova a continuar com o "Coisas da Vida" por causa da temática. In My Life trata mais de fatos e, mesmo que não tão factuais assim, coisas mais pontuais. Coisas da Vida é diferente. Sei lá como vou explicar. Então nem vou. E marcarei algumas postagens antigas com esse rótulo, pois acho importante como organização.

Não vou demorar para completar esta história. Na verdade, acho que escreverei toda de uma vez e programarei a publicação das partes (que podem ser só duas, sei lá. Era pra ser só uma parte, mas nem esperei que eu fosse escrever tanto).

Beijos, abraços e feliz 2013!