quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

In my Life - Quando me apaixonei pela primeira vez - Parte III de III

Clique para ler a Parte II

Como a amizade é importante! Como eu sempre ignorei isso? Não por mal. Às vezes simplesmente por medo de me expor. Medo de eles acharem isso tudo que eu sinto piegas e bobo. Ah, qualé! No fundo, todo ser humano é piegas. Por mais que se esconda atrás de máscaras de intelectualidade, macheza ou seja lá o que for.

Música brega demais. Nem parece ser mesmo dos Mutantes, mas eu gosto. O que eu acabei falar de pieguismo mesmo?

O primeiro pra quem contei tudo foi o Luiz. Foi importantíssimo tirar esse peso das costas. Na hora eu fiquei desconcertado... Eu sempre fico desconcertado quando falo dos meus sentimentos. Ainda mais pessoalmente... O Luiz, que conhecia e era amigaço do Fred há bem mais tempo que eu, disse que sentia que havia uma ligação muito, muito forte entre eu e o dito, mas que ele não entendia direito o que era isso, qual era a função desse sentimento. Ele virou meio que meu confidente a partir daí. E eu o dele.

Depois disso, foi a vez da Ana. Ela observa muito os comportamentos das pessoas e logo foi juntando as peças e entendendo o que estava rolando. Ela inclusive percebeu minha proximidade com o outro Luiz e chamou ele pra conversar num canto e falou algo assim:

-Poxa, é triste ver o LC nesse estado, né?
-Aham!
-Acho que ele está gostando muito de alguém.
-Sei lá... deve ser.
-O pior é que o Fred nem se toca, né?

Meu amigo ficou tão surpreso que ele nem conseguiu desconversar. Depois veio falar disso comigo meio preocupado por ter "deixado escapar" meu segredo, mas eu tava de boa. A Ana ia ser a próxima pra quem eu ia contar mesmo... E que amizade sensacional foi essa que floresceu a partir daqui! Talvez depois eu dedique um post só a ela.

Mas o que aconteceu foi que esses dois me ajudaram a achar as forças pra ir atrás do que eu queria. E eu queria o Fred. Antes, claro, eu tinha que ter certeza sobre os sentimentos dele, então foi isso que eu fiz. Aproveitei um dia em que eu estava quase explodindo o sentimento dentro de mim, tomei uns goles de vodka pra criar coragem e falei.

Contei que era ele a pessoa inesperada que apareceu no meu caminho que fez eu mudar tantas concepções sobre tantas coisas sobre mim e sobre o mundo. Contei que ele era a pessoa por quem eu tanto sofria e quem eu tanto queria. Falei um monte de coisa sentimental que agora eu nem lembro mais. Acho que eu nunca chorei tão copiosamente na frente de outra pessoa como nesse dia. Eu, que não costumava chorar na frente de ninguém. Ele disse bem despreocupado que tava tudo bem, mas que essa não era a dele. E que não precisávamos deixar de ser amigos por causa disso.

Foi um fora muito carinhoso, mas foi um fora. E pra mim, foi O fora. Eu, que nunca tinha gostado de ninguém e que, de repente, me via gostando tanto de alguém que não enxergava um futuro longe desse cara. Nem consegui dormir essa noite. Fiquei chorando a madrugada inteira. E fiquei ultra triste a semana inteira. O pior é que a gente tinha que se ver quase todo dia. Estávamos no mesmo grupo de trabalho e no mesmo grupo de amigos. Foi dose! Mas com a ajuda do Luiz e da Ana, eu consegui passar por tudo. Foi muito dolorido, mas eu sobrevivi.

O que veio depois disso

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Bom, acho que a história (quase) toda é essa. Eu queria ter escrito com mais detalhes ou sei lá, mas isso foi o que saiu e eu acho que é bom o bastante. O importante é o sentimento que isso tudo me causou e espero ter conseguido passar isso pros leitores.

Ainda vou fazer mais um capítulo dizendo o que aconteceu depois, até eu chegar neste lugar onde estou. Falei sobre esse "lugar" no meu post do fim do ano passado e tentarei explicar um pouco melhor o processo no próximo texto.

E por hoje é só, pessoas!

Beijos, abraços e força!

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