quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Coisas da Vida: As Viradas de Mesa - Parte I de II

Eu costumo deixar para fazer os comentários no fim do texto, mas acho importante que, desta vez, eu faça alguns antes.

Este texto foi escrito por mim cerca de uma semana antes do "fim do mundo". Foi numa espécie de recaída que eu tive na deprê antes de conseguir levantar a cabeça e enxergar as coisas com mais otimismo. Eu tinha achado o texto tão pra baixo e o clima do blog já tava tão down que eu resolvi não postar na época. Por algum motivo eu guardei o texto e hoje eu entendo o porquê.

Eu, de certa forma, lá no fundo, sentia que as coisas estavam para mudar. E me surpreendeu a forma como algumas coisas acabaram acontecendo de forma rápida e, inusitadamente natural. Então eu apresento este texto como um "antes" e em aproximadamente uma semana publicarei o "depois".

Sem mais delongas, eis o texto:

Muitas lágrimas já desceram ao som desta música... Vale a pena conferir a letra. Sempre me identifiquei pra caralho com ela.

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É claro que essa história de fim de mundo é uma besteira. Desde que eu me entendo por gente, já deve ter passado dois ou três "fins de mundo". Mas também é claro que dá para se divertir em cima disso. Fico aqui fazendo contagem regressiva. "Aproveite seus últimos 6 dias de mundo!"

Mas não sei se é porque eu tenho esse instinto masoquista e sempre arrumo um motivo para isso, mas essa 'brincadeira' me faz pensar. Pensar em tanta coisa... e pensar assim me faz sofrer. Explicarei por que:

Eu, em vez de pensar em tudo aquilo de bom que eu consegui, só consigo pensar em tudo de ruim que eu fiz. Ou então tudo de bom que eu deixei de fazer. Remoo todas as minúcias de falhas pelas quais eu passei.

O mundo acabando e eu aqui pensando naquela merda que eu falei 5 anos atrás que provavelmente só eu lembro de ter falado. Ou então aquela ação que eu tomei uma vez que foi reprovável e reprovada, mesmo que só eu tenha a reprovado. Ou aquela vez, quando me apaixonei pela primeira e única vez, onde foi tudo uma desilusão escrota. Ou o fato de até hoje eu estar tentando deixar isso pra lá. Sem sucesso.

O fato é que eu insisto em ressuscitar os fantasmas. Às vezes sem a mínima consciência de tal. Hoje mesmo encarei um fantasma do passado que eu pensava estar enterrado, só pra descobrir que ele ainda está assombrando. E forte.

E o mundo acabando e eu sem seguir em frente. Pouco mais de 20 anos na cara e eu ainda não consegui dar rumo pra minha vida profissional, minha vida pessoal é inexistente, minha família tá aí, mas quase não dá pra sentir sua presença. Amigos? Eles têm coisas muito mais importantes para gastar seu tempo do que eu.

E a cidade inteira piscando essas luzes que anunciam que mais um ano tá chegando no fim. Só pra começar um novo. Mesmo se o mundo acabasse, acho que começaria um novo só pra todo mundo continuar tendo que encarar seus problemas (mais ou menos como acontece no final de Matrix). Todos os ônus. Bônus ficam para a próxima vida. Ou talvez nem isso.

Clique aqui para ler a parte II

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O "fantasma" que falei no texto é o mesmo Fred de quem eu falei em algumas postagens atrás. É muito foda tentar reconstruir uma amizade nas nossas condições.

Já vou adiantar o texto e programar sua postagem para semana que vem. Bem provável que seja quarta-feira, logo na virada da noite anterior.

Aproveitem o mundo enquanto não marcam um novo apocalipse. Ouvi rumores de que vai acabar em 2017 ou 2019... hahahha!

Abraço forte!

Até a próxima!

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