quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

In my Life - Quando me apaixonei pela primeira vez - Parte II de III

Clique para ler a Parte I

"Já era. Fudeu. E aí? Como é que faço agora? Estava apaixonado. Porra nenhuma! Isso de se apaixonar é coisa de novela. Ou então pra qualquer outra pessoa do mundo. Eu não. Eu sei que eu nasci pra ficar sozinho e já me conformei com isso. E não há nada que vá me fazer mudar de ideia.

Música perfeita para o momento e o sentimento

"Além do mais, isso é uma paixonite, uma besteirinha. Jajá passa.

"Mas aqueles olhos... não! Nada disso.

"Mas aquela voz... ah! Que isso! Que besteira!

"O jeito que ele me trata, que ele me toca... será mesmo?

"As coisas que ele me fala... aquelas pernas! Tudo! Não é possível! Não consigo tirar mais essa peste da minha cabeça!

"Mas ele tem namorada. Ele num quer nada comigo! Mas ele passa mais tempo comigo do que com ela! A gente troca mensagem o tempo todo. Quando se liga, fica horas falando porra nenhuma no telefone.

"E aquela vez em que ele... Mas aquela outra vez em que ele... E teve essa vez em que ele... Alguma coisa aí tem! Não é possível que seja só amizade mesmo. Olha o jeito que ele me olha! E olha essa necessidade de sempre me ter por perto!

"Olha! Ele terminou com a namorada! Aí está minha chance! Será mesmo? Ah, mas ele está tão tristinho! Vou consolá-lo sem esperar nada em troca [e realmente não tive. Mas foi a coisa certa a se fazer]. Ah, não acredito que ele quer voltar com ela. Haja carência! Céus! Ok. Que quebre a cara. Eu já falei o que tinha que falar, ele que se estrebuche.

"Eu sabia que ele ia se estrebuchar! Eu avisei. Mas nem vou jogar isso na cara dele, coitado... Ah, não me olha assim, vai! Ok, ok, vamos ao cinema, Fred! Só eu e você, mas sem segundas intenções... Só que me segurar tá ficando cada vez mais difícil!"

E assim foi por um bom tempo. Em meu silêncio e solidão, eu ia alimentando esse sentimento que eu sabia que tinha retorno. Ou será que não? Eu nunca soube de verdade. E o que no início era até bom, começou a me corroer por dentro. Será que ele não sentia o mesmo? Como ele não poderia?

Foi a essa altura que eu tive uma briga feia com meus pais (sobre assuntos totalmente alheios) que me botou numa deprê meio tensa. E a minha situação com o Fred não ajudou em nada o meu humor.

Aquilo que sentia por ele já estava me matando. E as pessoas começaram a perceber essa minha melancolia. Mesmo para alguém sempre tão fechado como eu, a tristeza estava ficando muito perceptível. Nem sei se os outros colegas de trabalho chegaram a juntar os pauzinhos e entender o motivo e, pra falar a verdade, nem me importava. E nem me importa. E eu achando que ia morrer com aquele sentimento preso na garganta.

Mas aí surgiram na minha vida duas figuras mágicas...

Clique para ler a Parte III

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Esta é a segunda parte da história que eu acho que terá três partes. Reitero aquilo que disse na parte anterior sobre achar tudo muito bobo. Como é que eu me deixei derrubar por uma bobagem dessas? Até hoje eu não entendo... Mas aconteceu. E hoje sou uma pessoa bem mais forte por causa disso. No fim das contas, acho que tudo meio que tem seus motivos.

Is- iss- isso- é isso é- isso é tudo, pe- pe- i-isso é t-tudo, pe-pessoal

beijos, abraços e beijos e abraços!

3 comentários:

  1. Luis Cesar,

    É engraçado como o "amor adolescente" mexe tão fundo com a gente. Como pode esse tal primeiro amor surgir e revirar a vida dessa forma, né?

    De um dia pro outro a gente se olha no espelho e não se reconhece mais (ficamos bobinhos). A identidade tira férias só com passagem de ida.

    Se a história dá errado então, fica aquele vácuo absoluto.... O relógio para de andar, os sons da natureza silenciam e tudo fica cinza.

    Um belo dia, inesperadamente, alguém bate na porta. É uma identidade nova, que lembra a anterior (aquela traídora, que nos abandonou rs) porém bastante modificada.

    Quando a gente a "percebe" pela primeira vez, nem imaginamos que provavelmente será uma identidade muito mais interessante que a anterior......

    Isso leva ao paradoxo: Será que é preciso se perder para poder se encontrar?

    :D

    Hahahaha

    Abração man!

    Fernando

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    1. Cara, achei lindo e totalmente verdade esse seu paradoxo. Isso de se perder para poder se encontrar me lembra de um filme... Já viu O Palhaço?

      abraço!

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  2. Rapaz, não assisti mas assistirei!

    Abraço!

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