quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Aniversário de um (re)Encontro

Sabe... adoro o jeito que você me olha, todo bobo, parecendo que acabou de deslumbrar o paraíso. O jeito que você finge não achar graça das minhas piadas toscas. O jeito que você fica sem graça quando eu descubro o cheiro do cigarro mesmo você tendo escovado os dentes e trocado de roupa.

Amo quando você tenta me acordar de manhã cedo, mesmo eu estando morgadão. Ou a paciência que você tem para me explicar todas as perguntas que eu faço sobre a vida, a morte, a dor e a cama. Ou a cara que você faz quando você entende minhas referências musicais ruins. Ou a cara que você faz quando você não entende minhas referência musicais ruins.

Você fica lindo sob o sol. Esses seus olhos conseguem me encantar cada dia mais. E, mais ainda, me encanta o seu olhar. Um olhar tão puro e inocente, que você tenta esconder atrás dessa máscara carrancuda, mas que eu consigo atravessar com tanta facilidade! E você tem essa cabeça de gente grande, mas um coração de menininho. Esse menininho que eu amo muito!

Adoro ver sua boca se movimentando enquanto você fala. Tão linda!!! Adoro os macarrões que você faz! E os nhoques. E os molhos. Só não gosto que você SÓ PENSA EM MASSA. Vamo dar uma variada nesse cardápio?

Morro de rir quando você me enche de cócegas. Ou quando você fica imitando um cachorrinho. Você sabe do que eu tô falando. Me sinto o cara mais livre para ser exatamente quem eu sou do seu lado. Falar desde as profundezas da alma, até o assunto mais fútil e trivial da face da terra.

É hilário como você leva um jogo a sério quando jogamos videogame e como você fica puto quando eu mato você "sem querer" no meio da fase. Eu só não gosto da sua pachorra de querer ler o Hobbit pela metade só porque viu o filme DO MEIO da trilogia.

Só não entendo por que você gosta tanto de dias nublados, cinzas ou tempestades. Já tem tanto cinza nos carros e no concreto desta selva... Pra que mais? Vamos aproveitar mais a cor do céu e a saturação linda que a luz do sol dá a todas as cores! Se bem que, estando do seu lado, até o dia mais nublado tem a mais linda palheta de cores.

Faz só um ano que nos conhecemos. Ou melhor... faz só um ano que nos reencontramos, pois sei que nossa história já vem de muitas outras vidas.

Te amo. Obrigado por tudo.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Coisas da vida: Salto de fé

Em inglês temos uma expressão que acredito não existir em português. Talvez não no sentido em que usam. Mas, com esse avanço da globalização (essa palavra anda sumida, né?), em que os vocabulários vão se alterando e pegando características de outras línguas, em especial o inglês, cada vez mais rápido (quem já usou ou ouviu alguém usar "assumir" com significado de "presumir" ou "realizar" com significado de "perceber" sabe do que estou falando), as pessoas tenham uma noção do que leap of faith quer dizer. Não vou explicar aqui, então os curiosos podem perguntar para o senhor de todo o conhecimento: Google.



Sabe... não sei onde vocês vivem, mas lá pras minhas bandas, o sonho de muitas pessoas é trabalhar pouco, ganhar bem e não ter que se preocupar muito se vai ser demitido ou não. Nem ouso dizer o que isso realmente é porque não quero criar esse tipo de polêmica neste post.

Mas o fato é que a maioria massante das pessoas fazem questão de manter o status quo. Não se preocupam muito em refletir sobre suas crenças, não procuram abolir seus preconceitos ou descobrir coisas novas, nem nada. Só querem continuar na sua zona de conforto. Crescer dói. Sair da caverna dói. Por mais que depois se abra um mundo de possibilidades e alegrias ainda melhores, as pessoas defendem com unhas e dentes seus mundinhos, preferem ficar o resto da vida com suas alegriazinhas, seus pequenos prazeres, sem se importar se depois tem um mundo de prazeres gigantescos e realizações imensuráveis.

E para alcançar esse lugar de prazeres e realizações, tem horas que é preciso um salto de fé. Um salto no escuro, sem saber se vai ter onde aterrissar, mas com a fé de que é o melhor para você. A fé de que, do outro lado (ou lá em baixo), você vai encontrar o que procura, o que vai te fazer feliz, o que vai possibilitar que você realize os seus sonhos.

E é bem isso que eu estou fazendo. Estou perseguindo meu sonho. Sabe... meu sonho é a única coisa que eu sempre tive. Como posso abrir mão disso? Ninguém tem o direito de destruir meu sonho, nem meus pais, nem meus amigos e muito menos eu. E, acima disso, ninguém tem a força para destruir o meu sonho, só eu mesmo. Então a manha é acreditar e seguir em frente.

As pessoas, para manter o status quo, vão fazer de tudo para te impedir. Se elas não conseguiram realizar seus sonhos, quem é você para conseguir? "Quem ousa realizar um sonho que eu não fui capaz de alcançar?". E, às vezes, nem é por maldade. Alguém que desistiu a alguma altura do caminho, quer só te poupar de um sofrimento. Mas esse sofrimento é inevitável para crescer. E para realizar.

Mesmo que o sonho chegue a mudar de forma e de direção, o importante é lutar. E nunca, NUNCA desistir. Pois, se desistir, pode ser você a se juntar à massa e tentar impedir, mesmo que inconscientemente, que um monte de gente alcance seus sonhos, seus objetivos mais íntimos. Ainda há aqueles que, apesar de não terem exatamente alcançado, se dignificam a apoiar incondicionalmente os sonhos dos outros, mas isso seria assunto para um outro post.

PS: Não vale sonho enlatado, viu?

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Bom, galera, aqui está a minha volta. Desculpem a ausência. Eu estava em processo de TCC na universidade no primeiro semestre do ano, aí eu emendei com duzentos projetos, trabalho e cursos, e acabei me enrolando e deixando este espaço de lado. Tenho tanto pra contar! Tantas coisas novas, pensamentos, realizações... acho que tenho bastante material para escrever.

Fiquei imensamente feliz com o comentário do Homem, Homossexual e Pai no meu último post, cobrando atualização! É bom saber que tem gente que espera ansiosamente por minhas postagens! É um feedback muito positivo, que me alegra bastante. Prometo atualizar sempre que arrumar um tempinho de agora pra frente!

E é isso, caríssimos! Voltei! Nem vou prometer que é pra ficar, mas vou passsar aqui sempre que possível!

Ósculos e amplexos a todos!

até a próxima!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Coisas da Vida - O lado bom do relacionamento


Bom... estava refletindo sobre a postagem de ontem e descobri porque eu estava tão insatisfeito com o que havia escrito. Eu falei praticamente só dos problemas, espinhos e percalços que envolvem estar namorando. Faltou o mais importante! As rosas, os sorrisos, as alegrias! Amar são, sim, flores. Pode ser que algumas tenham espinhos às vezes, mas, acima de tudo, são flores.

Listen to my heart, can you hear? It sings
telling me to give you anything

Não sei se eu já disse isso aqui no blog, mas eu moro sozinho. Sabe... é uma situação cheia de vantagens e desvantagens. Entre as vantagens estão não precisar dar satisfação quando for sair ou poder trazer quem quiser pra casa na hora que bem entender (respeitando-se a lei do silêncio, claro). Das desvantagens, consta a solidão. Eu não saio por aí convidando gente pra vir pra casa e nem sou rodeado de amigos o tempo todo. Somado a isso, eu sou até bem melancólico, então ficar tanto tempo só não me faz muito bem.

Às vezes quem mora com os pais, ou avós, ou tios, ou mesmo amigos, não entende o valor que tem um "bom dia", ou aquelas conversas fiadas que se troca quando estamos assistindo tv, comendo ou buscando alguma coisa pra comer na cozinha. Eu mesmo, quando morava com meus pais, não reconhecia isso. Agora eu sei muito bem como é.

Receber uma mensagem de bom dia todo santo dia, nem que seja por SMS ou WhatsApp, ou até mesmo ser acordado com um telefonema, ter vontade de mandar o sujeito tomar em todos os orifícios, mas ver essa vontade sumir por "liguei só pra dizer que te amo" cheio de sinceridade são algumas das coisas mais recompensadoras da vida. Ter sempre alguém para dizer e ouvir como foi o seu dia também entra nessa categoria.

Amar é ter alguém para acreditar nos seus sonhos e ter alguém cujos sonhos possa-se apoiar, alguém que está lá para o que der e vier, te ajudando, te dando suporte, te defendendo contra os males do mundo, sejam eles quais forem. Amar também é estar lá para o que der e vier, ajudar, dar suporte e defender contra os males do mundo.

Eu, que antes, mesmo em vitórias, sentia um gosto amargo de solidão na boca, hoje enfrento a maior das dificuldades com um sorriso no rosto, pois sei que não precisarei passar por isso sozinho. Compartilhar os sonhos, fazer planos com alguém é uma coisa de uma beleza e felicidade indescritíveis. Só sentindo mesmo pra saber como é que é.

Diante de tudo isso, os espinhos das flores e as pedras do caminho chegam até a parecer bobagem.

E não pensem que eu falei isso tudo pra dizer que só seremos completos quando encontrarmos um(a) parceiro(a). De maneira alguma! A jornada de cada um é um caminho que só um pode trilhar, mas isso não quer dizer que os caminhos não possam andar paralelos, ou até se fundirem, um sempre ajudando o outro em sua jornada. Nós não nos completamos. Nós nos complementamos. Mas é um complemento tão profundo e tão cheio de sentimentos e sinceridade, que às vezes nos confundimos como uma só alma.

Tem namoros ou casamentos em que as pessoas se usam apenas como muletas, e esse apoio deficiente é onde se estabelece o relacionamento. No meu caso, eu acredito que seja bem diferente. Às vezes nos prestamos sim como muletas. Mas isso é só um aspecto, e não a base. A base são nossos laços de amor, carinho e confiança. E a própria personalidade de cada um, que são as torres e vigas firmes de nosso estabelecimento.

Tanto é isso que eu acho que nunca teria conseguido aceitar esse relacionamento com o Alê se eu não tivesse passado todos os perrengues que eu passei por causa do Fred. Foi assim (e com vários outras coisas que vivi, claro) que eu conquistei uma maturidade para saber que eu me bastava como pessoa. Mas que isso não significa que eu preciso passar por tudo sozinho.

Não entendam isso como uma contradição ao que eu acabei de falar nos últimos parágrafos, mas hoje eu não saberia viver sem o Alê. Nos envolvemos tão profundamente... tenho esperanças de que isso vai durar para sempre :) Nesta e nas próximas vidas.

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Bom, é isso. Com este texto acho que consigo me redimir do fiasco que foi a postagem passada.

Estou mais satisfeito com o rumo que meus escritos tomaram desta vez.

Como vocês vêem, estou fazendo esse esforço para não mais sumir, mas talvez eu dê uma leve desaparecida mês que vem, estarei bastante atarefado, mas sempre passarei por aqui pra dar um oi.

Beijos e até a próxima!

PS: Eu disse que são bobagens, mas nunca se esqueçam: SEMPRE resolvam tudo, mesmo as bobagens. E às vezes são as próprias bobagens não resolvidas que tomam uma proporção imensurável e destroem relacionamentos, sejam estes amizades, namoros, casamentos, o que for.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Coisas da vida: Estar num relacionamento


Dia desses completei seis meses de namoro com meu boy, que chamei de Alexandre aqui no blog (pra quem não sabe, todos os nomes usados aqui, inclusive o meu, são pseudônimos, mas todos os acontecimentos são reais). Antes de conhecê-lo, eu só podia imaginar o que era se envolver e estar num relacionamento, mas no decorrer desse meio ano eu aprendi tanto, que eu acho que devia compartilhar aqui.

Amar é diferente de tudo que eu imaginei. E estar num relacionamento também. São tantas felicidades e perrengues, mas no fim, tudo serve para nosso crescimento, tanto pessoal como de casal.

Música não tem nada a ver com o post, mas eu acho massa :p

Sabe... aprendi que todas aquelas historinhas de contos de fadas, filmes de comédias românticas, ou até mesmo alguns dramas românticos, não passavam de historinhas. Se apaixonar é "fácil", mas manter um relacionamento que é a trabalheira. É preciso muito amor, cumplicidade, compreensão e sacrifício para seguir em frente.

Sabe quando você tem todos seus fantasmas, sombras, paranoias e expectativas próprias? Agora você tem os fantasmas, sombras, paranoias e expectativas de duas pessoas para lidar. Mas também tem as conquistas e felicidades para compartilhar. Amar não é fraquejar na primeira dificuldade, terminar na primeira discussão. Amar é suportar as cargas, ser fiel às seus ideis, defender seu ponto de vista, mas saber ceder e tentar entender o outro lado sempre. E, quem sabe, mudar de ideia sobre certas velhas opiniões formadas sobre tudo. É sempre bom mudar de opinião e ponto de vista.

Amar é ser amável mesmo quando se dá a pior das broncas ou puxões de orelha. E não, um relacionamento não é só flores e sorrisos. Tem lágrimas e pedras no caminho que, com sabedoria, servem para construir e solidificar ainda mais o namoro. Namoro não é só beijinho e sexo. Namorar é apoiar as decisões, estar do lado nos momentos difíceis e nos fáceis também. Ser apoio e suporte. E deixar-se apoiar e ser humilde para aceitar ajuda.

Amar é comprometer-se a lutar contra fantasmas do passado e não querer fazer tudo sozinho, deixar que os punhos se juntem para bater com mais força e os braços se juntem para carregar o peso com mais leveza. Às vezes alguns pedaços do caminho podem parecer ser mais difíceis, mas garanto que, com confiança e parceria, tudo fica muito melhor depois.

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Este texto foi tão difícil de botar pra fora... não porque eu não sinta e acredite em cada palavra que eu disse, mas porque não quero que o post pareça um daqueles manuais que parecem trechos de livros de auto-ajuda, sabe... não era com essa proposta que comecei a escrever... :/

Sei que ficou um texto sem final, sem conclusão, acabando na metade. Mas deixo aqui o registro. Acho importante até esses pensamentos soltos, rascunhos incompletos. Não posso nem dizer o quanto que textos assim em blogs que acompanhava e/ou acompanho me ajudaram em minha jornada pessoal. Espero conseguir ajudar alguém em sua jornada também.

Beijos, abraços e prometo escrever um texto melhor na próxima!

PS: escrevi uma espécie de conclusão para esse texto, no fim das contas. Clique aqui para conferir!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Coisas da Vida: Deus


É um assunto sobre o qual tenho refletido muito nos últimos tempos. Não sei o que me levou a pensar sobre isso... talvez as pessoas que conheci, as conversas que eu tive, as leituras que realizei, os preconceitos que derrubei na minha cabeça... realmente não sei. Mas isso não vem lá muito ao caso. O fato é que tenho refletido acerca disso.

Aleluia, Hare Krishna, Epa epa Babá...... Vale tudo :)

Curioso que, por boa parte da minha vida, me considerei ateu. Sou batizado, catequizado e crismado pela igreja católica. Mas realizava essas formalidades mais por causa dos meus pais, pois, por dentro, eu vivia me perguntando sobre as tantas contradições que são ditas nas missas, cultos, sermões, em tudo.

Sabe... sempre achei estranhíssimo como um deus que deveria ser justo e misericordioso destrói cidades inteiras, inunda o mundo, num genocídio notável, manda o pai matar o próprio filho só pra provar sua fé, entre outras atrocidades. E pior ainda era como as pessoas usavam isso tudo a seu bel-prazer. Como alguns trechos eram convenientemente metáforas, enquanto outros eram "claramente" (só que não), literais, afinal, era assim que era e assim que devia ser.

Achava um absurdo que seguidores do homem que era a divindade encarnada, que pregava o amor sobre todas as coisas, conseguiam ser tão intolerantes, tão mente fechada, tão.... tão não-amor.

E via tanta gente sofrer por questão da sua sexualidade, que "a religião não permite" e tantas outras coisas que faziam a própria pessoa se flagelar e se marginalizar à sociedade.

Pra ser sincero... acho que religiões não levam ninguém a lugar nenhum. Não, não sou ateu. Acho que nunca fui, apesar de ter acreditado que era. Mas eu creio sim que tem uma força que rege tudo, mas isso vai muito além do que nossa vã filosofia consegue explicar. Mas religiões, pelo menos no modelo em que se apresentam hoje em dia, só vão levar o homem a mais ignorância, sofrimento, intolerância e segregação.

Penso que ter um lado espiritual é essencial, mas não é mandatório. Acho que cada pessoa tem o direito de acreditar - ou não acreditar - no que bem entender. E, se acreditar, que faça de forma lógica e ponderada. Não vamos engolir tudo que nos é dito aí! Vamos refletir as coisas antes de ficar propagando qualquer bobagem que nos é enfiada goela abaixo.

O Deus em que eu acredito, é o Deus-amor, que ama a todas as suas criações e não é mesquinho para se preocupar com detalhezinhos que cada um faz com sua vida. Pecados não são convenções escritas num livro de milênios de idade ou invenções que se derivam desse livro. Pecado é aquilo que te desvirtua do caminho do amor. Se você é bom, é justo, generoso, altruísta, não importa se você é cristão, judeu, ateu, gay, rico, pobre, se tem seguro de vida, medo de escuro, alergia a camarão ou ojeriza a Los Hermanos. Você é um ser do bem e Deus te ama mesmo assim.

E olha que ele te amaria mesmo se você fosse mau! Ou se gostasse de Crepúsculo. Só que ficaria triste por você.

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Bom, galera. Quase seis meses de abstenção, mas estou de volta. Não queria ter ficado tanto tempo sem postar assim, mas é que tive uns rolos na minha vida de estudante, que me fizeram me afastar disso aqui. E eu tenho um sério problema pra pegar no tranco. Depois que começo, eu pego embalo, mas se eu paro, é uma dificuldade voltar. Entretanto, estou me esforçando aqui para não sumir e continuar escrevendo textos.

Minha vida tá linda! É tão bom quando as coisas andam e você sai daquele buraco do qual você pensou que nunca ia sair!!! Muito bom mesmo. Claro que não está perfeito e nem nunca vai estar. Mas está melhor do que nunca e pior do que amanhã! Tenho certeza disso. :)

Depois posso discorrer mais disso, se eu estiver afim.

Bjs abs fmz ftw asl snl omg e todas essas siglas que eu nem sei o que significa.

Até a próxima!!!

sábado, 16 de março de 2013

Coisas da Vida - Preconceito, hipocrisia e males à sociedade

Brasil, um pais de oportunidade. Onde a diferença e a diversidade são características marcantes e profundamente valorizadas... Bom... todos sabemos que não é bem assim, não é?

"Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro!
Transformam um País inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro!
A tua piscina está cheia de ratos, tuas ideias não correspondem aos fatos"

Num país que se diz mulato, que diz que abraça sua origem africana, mas o negro ainda ganha significativamente menos que o branco e ainda somos rodeados de expressões como "dia de branco", querendo dizer dia de trabalho ou "trabalho de preto" querendo dizer trabalho preguiçoso e/ou mal-feito, hemos de convir que questões como o preconceito étnico (me recuso a usar a expressão "racismo" ou "preconceito racial") não são águas passadas.

E se a questão do homem negro, uma luta tão antiga, ainda é tão mal-resolvida, o que vamos dizer da questão da homossexualidade, uma luta que já é até antiga, mas cuja visibilidade é tão recente...

Hipocrisia é realmente um grande nome aqui por essas bandas. Eu acho incrível como o lado opressor consegue virar a mesa e se vitimizar. De repente, é o gay que é agressivo, é o homossexual que quer "impor" seu "estilo de vida" e "converter" os heterossexuais. É... até hoje não vi um garoto espancado e deixado à margem da sociedade porque gosta de comer buceta...

E pessoas que não seguem metade dos ensinamentos de suas religiões ficam inventando motivos cristãos para justificar o erro que é o homossexualismo. E usam de base um mesmo livro da bíblia que diz besteiras ultrapassadas e absurdos, como por exemplo, que cortar os pêlos do corpo é pecado. Bom... sempre vejo os pastores e padres de barba muito bem feita e cabelos muito bem cortados... Vai entender.

Eles dizem adorar um mesmo Jesus que disse "amai ao próximo como a si mesmo", mas adoram através de palavras de ódio e discriminação. Nem prostitutas foram tratadas por Ele com tanto repúdio. E, se prostitutas não são muito bem vistas nem hoje, imagina naquela época!!!

E isso (e váááárias outras coisas) nem é o problema que eu queria tratar nesse texto. Eu só queria dizer o tanto que todo esse ódio, todo esse repúdio é cruel para a própria sociedade, para a própria humanidade. Sabe... um mundo onde pai e filho não podem demonstrar carinho público e já são brutalmente agredidos por parecerem ser homossexuais é um absurdo inaceitável! Imagina só! E "imagina" é até o verbo errado, pois todos sabem muito bem que isso de fato aconteceu!!! PARA ONDE ESTÁ CAMINHANDO ESSA HUMANIDADE??? AMOR VIROU MOTIVO PARA ÓDIO??? UM PAI NÃO PODE ABRAÇAR UM FILHO???

Além de instituições, como a Igreja (católica, evangélica, tudo que é coisa...) que, apesar de muita treta rolar nos bastidores, tem vertentes, propostas e projetos muito válidos, de caridade e fraternidade e todas essas coisas, ficam com a imagem manchada e desgastada por toda essa propagação de uma mensagem toda distorcida, só para tentar fundamentar os ideais de preconceitos, julgamentos e, uma palavra que estou usando bastante neste texto: ódio.

Sabe... é preocupação demais por uma "besteirinha" que as pessoas fazem entre quatro paredes. Uma pessoa não é homossexual no trabalho. Uma pessoa não é homossexual esperando na fila de um banco. Uma pessoa não é homossexual assistindo a uma missa ou culto. A pessoa não está num ato sexual em toda mínima ação do seu dia-a-dia. Por que o que ela faz num quarto fechado, fora da visão de todo mundo conta tanto assim pra tanta gente? Não dá pra entender.

E mesmo o que se faz em público, se não passar de pegar na mão, de carícias ou beijos ternos, não vejo problema. É só uma demonstração de carinho, pô! O que tem de tão errado com carinho? Carinho não necessariamente quer dizer sexo e, tendo um pouco de noção, para não ficar se pegando loucamente como se não houvesse amanhã em público (e isso eu digo tanto homo quanto hétero), tudo é permitido.

Uma mesma sociedade que acha lindo uma criança de quatro, cinco anos dançando na boquinha da garrafa (ah, os anos 90...), ou Créu (ah, os anos 2000...) ou seja lá o sucesso pornô que tá rolando hoje em dia, mas vê muito problema em dois jovens garotos (ou duas jovens garotas) segurando as mãos ou trocando selinhos... é pura hipocrisia, vai!

Falta às pessoas mais reflexão. Às vezes elas só alimentam tanto um ódio e preconceito por pura ignorância e preguiça de pensar. É claro! Tudo já é tão mastigadinho pela TV, pelos padres/pastores e por tudo, que nem é preciso se dar ao trabalho de refletir... ou mesmo de ler e interpretar a bíblia por conta própria. Ou realmente conhecer um pouquinho a realidade gay para poder dizer alguma coisa com propriedade. Pensar pra quê?!?! Já tem milhares de pessoas/mídias que podem fazer isso por nós...

E assim caminha a humanidade... para trás.

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Pois é, galera... esse post eu tô escrevendo há bastante tempo e finalmente concluí. Acabou falando de mais coisa que eu queria e não consegui focar tanto assim no tema que eu queria (como o fato dos pai e filho espancados), mas acho que ficou um bom texto no fim das contas.

Sinto muito pelo texto gigantesco, mas não consegui ser mais conciso que isso :s

Eu queria postar com mais frequência, mas minha vida meio que saiu dos eixos e eu tô tentando colocar de volta. Nem é nada grave. É só questão de gestão de tempo mesmo... Mas agradeço aos leitores e leitoras (se tiver alguma :D ) por se darem ao trabalho de ler todas essas minhas ideias soltas.

Beijos, abraços e até a próxima!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Coisas da Vida - Voltando do Sumiço

Sumi, né? Essas últimas três semanas me tiraram do sério. Muita correria. Não tive tempo de passar por aqui pra escrever um texto decente. Eu até consegui entrar pra comentar uma vez ou outra em blogs que eu acompanho, mas tem um monte de leitura pendente ainda.

Fica parecendo que eu abandonei aqui, sei lá... mas tô sempre por perto. Hoje bateu essa vontade de escrever e botar pra fora o que der na telha. Geralmente escrevo os textos no bloco de notas. Demoro algumas horas, em algumas raras ocasiões, dias, desenvolvendo o texto, lutando contra meu déficit de atenção ou então reestruturando o texto, adicionando um adjetivo, verificando alguma ambiguidade ou um monte de coisa. Desta vez, estou escrevendo diretamente no editor do Blogger. Pra falar a verdade, eu não faço ideia do porquê de eu fazer o texto no bloco de notas. Coisa de doido mesmo.

Nem sei o que escrever direito... tenho algumas ideias de textos, mas as desenvolverei mais tarde. Hoje só quero falar. Falar de quê? Sei lá...


Me pego ouvindo Adele. Quanto tempo eu fiquei sem ouvir por puro preconceito. "É só coisa de momento. Daqui a pouco ninguém sabe quem essa é", é o que eu costumava pensar. Mas a guria é boa! Nem tenho certeza ainda se realmente gosto dela, mas adoro esse clima melancólico que tem nas suas canções. Melancolia é comigo mesmo. Mesmo quando estou feliz, tem aqueles momentos que me vejo naqueles pensamentos profundos... Tipo hoje.


Sei lá... eu geralmente culpo a cidade, mas acho que sou eu que sou assim. Meio distante. Excessivamente na minha. Ultimamente eu tenho até estado bastante comunicativo. Converso com as pessoas, me divirto e sou divertido também. Mas, no fim das contas, me vejo sozinho em casa, sem ninguém pra chamar pra sair e nem quem eu possa chamar pra sair, nem que seja só pra bater uns papos. Cadê meus brothers? Meus amigos? Eu ainda tenho algum?

É difícil se sentir tão isolado na cidade. O cara que eu mais curto está muito longe. Queria que fosse tão fácil quanto pegar o primeiro ônibus coletivo para estar do lado dele, mas as coisas nunca são tão fáceis. Estaremos novamente juntos em breve e estou cheio de ansiedade! Talvez seja por isso que eu esteja nesse turbilhão de emoções. Ou talvez seja todo o resto. Uma hora estou ultra feliz. Na próxima, estou super down. Daqui a pouco, estou de boa e assim segue. Ai, que confusão...

Só que eu tô perdendo... o que eu tô perdendo? Não sei. Só sei que tem alguma coisa da qual eu sinto muita falta e parece que está indo e eu tô ficando. Será que isso é loucura demais? E eu, que já estou tão bem, já evoluí tanto desde o ano passado, por que eu fico sentindo que eu tô regredindo? Essa sanfona emocional cansa. Se eu fosse mulher, poderia culpar a TPM e todas essas questões hormonais, mas eu sou homem e não tenho dessas coisas. Tudo é aqui no cabeção mesmo. Tudo é coisa que eu mesmo tenho que resolver comigo mesmo. E como eu farei isso, eu não tenho a mínima ideia.

Bom... acho que por hoje é só. Um texto só e sem comentários finais.

Beijos, abraços e até a próxima!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Coisas da Vida: Sinceridade

Pode ser que tudo que essa minha postura me faça levar um tapa na cara supremo algum dia aí na vida, mas faz um tempo que eu decidi ser o máximo sincero possível. E isso inclui ser completamente sincero em alguns casos.


Sabe... o mundo está doente. Doente de uma maneira que é difícil ver saída. As aparências e primeiras impressões são o que mais importa. Títulos são mais importantes que vivência. Um pedaço de papel é mais importante que um olhar, um sorriso. Tudo precisa ser feito numa velocidade tão absurda que não dá nem tempo para apreciar a paisagem e ouvir o canto dos pássaros. É preciso fazer e saber cada vez mais coisas ao mesmo tempo e em menos tempo. E cada vez mais cedo! Isso dá tanto pano pra manga que eu poderia fazer várias postagens só sobre o assunto. Talvez um dia eu escreva alguma(s).

Acontece que as pessoas não querem sinceridade. Elas querem continuar se iludindo que seus mundinhos são perfeitos e suas ações são impecáveis. Sabe... eu não estou falando daquela sinceridade ríspida e venenosa não. Estou falando de uma sinceridade gentil e, bom... sincera. Afinal, aquela verdade que vem cheia de farpas e lâminas não é bem uma sinceridade, não é? Olhando por esse lado, dá até pra entender o que o poeta quis dizer com "mentiras sinceras".

Sabe... mesmo se for pensar em trabalho, eu quero um dia ser o máximo sincero, nem que pra isso eu tenha que ser o meu próprio chefe. Ah, mas eu chego lá! É um saco ter que ficando agradando eguinhos e pisando em ovos em tudo que você for ter que fazer.

Sabe... até bem pouco tempo atrás, eu trabalhava com um pessoal que também era muito amigo meu. Eles diziam que prezavam sinceridade e tals, até que um dia, ao entregar a sinceridade que era supostamente desejada, eu acabei sendo punido por isso. Eu via (e ainda vejo) o barco enchendo de água e sei que, se continuarem do jeito que estão, vão afundar feio. Pelo menos eu já abandonei o navio e não afundarei junto. Depois eles nem venham dizer que não avisei. Agora eu vou navegando meio só, mas me sinto muito melhor comigo mesmo. E logo logo serei capaz de comandar meu próprio navio, que já está em construção. Isso é uma história que posso descrever mais a fundo num próximo post.

E quando se fala em relacionamentos?!?! Aí sim que essa sinceridade se aplica ao máximo! Você deveria ter o direito de ser 100% sincero pelo menos para as pessoas que realmente te importam. Se você não pode ser sincero nem com seu(sua) melhor amigo(a), então alguma coisa está bem errada. Se você não pode ser sincero com seu namorado(a) (ou rolo, amizade colorida, etc), então, nem se fala! Sinceridade é um dos constituintes da confiança e a confiança é a base de qualquer relacionamento saudável. Eu, felizmente, estou num relacionamento baseado em confiança e eu prezo isso profundamente!

Sabe... toda essa vontade de externar essa sinceridade só pode vir com verdade se você estiver também sendo sincero consigo mesmo. Essa, aliás, é a mais importante de todas as sinceridades. Você pode até ser mais cauteloso que eu quando se fala em sinceridade no mundo exterior, mas quando se fala de você mesmo, a sinceridade é essencial. E isso eu estou finalmente conseguindo ser! Depois de passar por um mau bocado, eu sei que estou conseguindo ser sincero comigo mesmo.

Talvez toda essa externação da sinceridade seja um ato de uma ingenuidade sem tamanho, uma inocência perigosa que ainda vai me fazer quebrar a cara, como eu já cansei de quebrar. Mas é uma coisa que eu quero tentar e tentar de novo e de novo. Vou tentar de tudo, nem que seja só uma vez. Essa é meio que uma nova filosofia minha (e outra coisa da qual posso falar melhor em outro post. Hahaha).

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Bom, é isso. Relendo o texto, notei que ficou com várias pontas sem nó. Hahaha! Nem esperava que fosse ter tantas ideias de posts que nem iam caber aqui. Espero que o texto não tenha ficado confuso pra vocês :S

Se for contar o tanto de vezes que eu repeti a palavra "sinceridade" ou semelhante, acho que dá pra chegar bem longe. :p Espero que isso não tenha deixado o texto cansativo...

Acho que não tenho mais nenhum comentário a adicionar.

Beijitos e abraçóns (portuñol mode on)

Fui!

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Visual novo

Então, galeras... eu estou mudando o layout do blog. Estou numa fase de testes, não sei direito como quero que ele fique ainda, só sei que quero mudar. Assim como minha vida deu uma mudada substancial, acho que mudar o visual do blog pode ser uma forma de representar isso. Mas aviso que por enquanto o visual ficará assim, meio flutuante.

E, como eu sou meio (bem) apegado ao passado, deixo aqui a lembrança do primeiro layout do AotA, que ficou por tão pouquinho tempo!


Beijos, abraços e até a próxima!

Fui!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Coisas da Vida: In Love (As Viradas de Mesa - Parte II de II)

Clique aqui para a parte I

E eu achando que ia ficar sozinho para sempre. Eu tava voltando pra fase de achar que eu tinha sido feito pra ficar sozinho. E que o fantasma do Fred iria me perseguir pra sempre. Sério mesmo.

I've got to admit it's getting better, a little better all the time!

Hoje eu vejo que não era nem porque eu ainda gostava dele, eu acho que já passei dessa fase, finalmente. Mas é que eu inconscientemente jogava todas as minhas frustrações em cima dele e vê-lo sempre tão feliz e se dando bem na vida me indignava porque, no fundo, eu achava que ele devia estar sofrendo por mim também. Olha só que doidera! Isso nem faz sentido, se você for parar pra pensar. Mas a gente não controla o que sente e muitas vezes nem o que pensa.

Não sei se eu ia conseguir superar isso tão cedo. Eu já estava quase totalmente bem comigo mesmo, mas ainda tinha essa cicatriz e, sempre que tocava nela, doía mais do que qualquer outra coisa. Era quase como se a ferida estivesse ainda aberta. Eu me pergunto se eu iria conseguir me livrar disso

Mas acontece que, por umas coincidências curiosas ou acaso do destino, há algumas semanas eu acabei conhecendo o Alexandre. No início, foi só pela internet. A gente começou trocando alguns e-mails despretensiosos, até que, quando nos demos conta, não conseguíamos parar de trocar mensagens no whatsapp e se falar no telefone.

Eu demoro muito a me apegar às pessoas. Mas, por algum motivo esquisito e desconhecido, as coisas rolaram numa velocidade incrível com o Alê. Ele é muito inteligente, tem uma cabeça muito legal e um papo muito bacana. É muito carinhoso e atencioso. Além disso, é bem bonito também! Ele tem um encanto tão especial que faz eu me sentir como o mais especial dos homens. Quando a gente se encontrou pessoalmente pela primeira vez, rolou uma química sensacional, indescritível. Dá arrepios só de lembrar.

Enfim... posso dizer que eu estou muito, muito feliz atualmente. As coisas parecem estar caminhando de verdade! Tanto os estudos, como a vida profissional, eu vejo um futuro lá na frente. E a vida sentimental tá excelente por agora. E eu acho que se de alguma forma eu não tivesse passado por tudo aquilo que eu passei, muito do que acontece hoje não teria chance de acontecer. Tudo foi uma forma de construção. Os eventos se abrindo e se encontrando num capricho que antes eu pensava que o destino só fazia para me prejudicar. Hoje eu sei que existe aquela chance que as coisas dêem certo. É só não desistir. Nunca.

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Pois é, senhores (tem alguma senhora ou senhorita que lê este blog?). Como podem ver, estou muito contente! Desculpem pela demora para escrever este texto. Eu devia ter postado na quarta, mas acabei me enrolando. Antes tarde do que nunca!

Abraços bem fortes e cheios de esperança para todos!

Até a próxima!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Coisas da Vida: As Viradas de Mesa - Parte I de II

Eu costumo deixar para fazer os comentários no fim do texto, mas acho importante que, desta vez, eu faça alguns antes.

Este texto foi escrito por mim cerca de uma semana antes do "fim do mundo". Foi numa espécie de recaída que eu tive na deprê antes de conseguir levantar a cabeça e enxergar as coisas com mais otimismo. Eu tinha achado o texto tão pra baixo e o clima do blog já tava tão down que eu resolvi não postar na época. Por algum motivo eu guardei o texto e hoje eu entendo o porquê.

Eu, de certa forma, lá no fundo, sentia que as coisas estavam para mudar. E me surpreendeu a forma como algumas coisas acabaram acontecendo de forma rápida e, inusitadamente natural. Então eu apresento este texto como um "antes" e em aproximadamente uma semana publicarei o "depois".

Sem mais delongas, eis o texto:

Muitas lágrimas já desceram ao som desta música... Vale a pena conferir a letra. Sempre me identifiquei pra caralho com ela.

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É claro que essa história de fim de mundo é uma besteira. Desde que eu me entendo por gente, já deve ter passado dois ou três "fins de mundo". Mas também é claro que dá para se divertir em cima disso. Fico aqui fazendo contagem regressiva. "Aproveite seus últimos 6 dias de mundo!"

Mas não sei se é porque eu tenho esse instinto masoquista e sempre arrumo um motivo para isso, mas essa 'brincadeira' me faz pensar. Pensar em tanta coisa... e pensar assim me faz sofrer. Explicarei por que:

Eu, em vez de pensar em tudo aquilo de bom que eu consegui, só consigo pensar em tudo de ruim que eu fiz. Ou então tudo de bom que eu deixei de fazer. Remoo todas as minúcias de falhas pelas quais eu passei.

O mundo acabando e eu aqui pensando naquela merda que eu falei 5 anos atrás que provavelmente só eu lembro de ter falado. Ou então aquela ação que eu tomei uma vez que foi reprovável e reprovada, mesmo que só eu tenha a reprovado. Ou aquela vez, quando me apaixonei pela primeira e única vez, onde foi tudo uma desilusão escrota. Ou o fato de até hoje eu estar tentando deixar isso pra lá. Sem sucesso.

O fato é que eu insisto em ressuscitar os fantasmas. Às vezes sem a mínima consciência de tal. Hoje mesmo encarei um fantasma do passado que eu pensava estar enterrado, só pra descobrir que ele ainda está assombrando. E forte.

E o mundo acabando e eu sem seguir em frente. Pouco mais de 20 anos na cara e eu ainda não consegui dar rumo pra minha vida profissional, minha vida pessoal é inexistente, minha família tá aí, mas quase não dá pra sentir sua presença. Amigos? Eles têm coisas muito mais importantes para gastar seu tempo do que eu.

E a cidade inteira piscando essas luzes que anunciam que mais um ano tá chegando no fim. Só pra começar um novo. Mesmo se o mundo acabasse, acho que começaria um novo só pra todo mundo continuar tendo que encarar seus problemas (mais ou menos como acontece no final de Matrix). Todos os ônus. Bônus ficam para a próxima vida. Ou talvez nem isso.

Clique aqui para ler a parte II

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O "fantasma" que falei no texto é o mesmo Fred de quem eu falei em algumas postagens atrás. É muito foda tentar reconstruir uma amizade nas nossas condições.

Já vou adiantar o texto e programar sua postagem para semana que vem. Bem provável que seja quarta-feira, logo na virada da noite anterior.

Aproveitem o mundo enquanto não marcam um novo apocalipse. Ouvi rumores de que vai acabar em 2017 ou 2019... hahahha!

Abraço forte!

Até a próxima!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

In my Life - Quando me apaixonei pela primeira vez - The Aftermath

Clique para ler a Parte III

Ou aqui para ler do começo

Como havia dito, eu havia levado O fora do cara que eu curtia. É claro que não foi um fora escroto, foi até bem manso e atencioso. Mas você não vê por esse lado quando você está no estado que eu estava.

"E ainda estou confuso, só que agora é diferente
Estou tão tranquilo e tão contente"

Por um mês inteiro que sucedeu ao fato de eu ter contado tudo para o Fred, eu fiquei na bad. Principalmente na primeira semana, foi a fossa das fossas. Era raro eu sair de casa. Era raro eu levantar da cama.

Eu me sentia tão sozinho... estava brigado com meus pais, meus outros parentes não estavam nem aí, meu melhor amigo, por quem eu era apaixonado estava me tratando de um jeito tão esquisito, eu já não tinha amigos na faculdade (e nem pretensões, já que eu nem gosto do meu curso e me sentia muito culpado por isso, o que piorava a minha situação), eu tava sendo deixado de lado por tudo que me importava na vida. Em outras palavras: eu não tinha chão. Só queda livre. Para todo o sempre.

Mas era só o que eu achava. Não tenho como demonstrar gratidão o suficiente por Luiz e Ana terem ficado ao meu lado em momento que eu estava tão fragilizado.

No fim desse mês de fossa, rolou uma viagem com esse grupo de amigos. Uma viagem sensacional em quase todos os sentidos. Me diverti pacas, mas ao mesmo tempo estava morrendo de desgosto por ter sido deixado de lado pelo Fred, que também estava na viagem. O fato é que nessa viagem me ficou muito claro uma coisa: continuar vendo o Fred quase todo dia, como sempre havia sido, não ia me fazer bem nenhum. Muito pelo contrário.

Ele não sabia mais como se portar comigo. Ele já me tratava de um jeito diferente, às vezes meio agressivo, às vezes meio frio. Eu, por outro lado, tentava observar nos mínimos gestos dele algo que pudesse indicar que ele fosse voltar atrás em sua decisão e resolver ficar comigo. A gente se gostava muito (claro que de maneiras diferentes), mas nenhum dos dois sabia direito como se portar mais. E o mais afetado com isso tudo era eu.

Decidi então me afastar. Era tempo de pensar em mim mesmo e a nossa amizade continuava me corroendo. Eu não estava melhorando nem um pouco. Então, para o meu bem (e ainda espero que também para o bem de nossa amizade), eu cortei relações com ele. Não ligaria pra ele e também não queria que ele me ligasse. Nem mandasse mensagens. Deletei-o no facebook e evitava sair com o pessoal se ele fosse sair junto. Arranquei o band-aid de uma vez só.

No início foi terrível. Ele era o meu maior cúmplice. A gente fazia tudo junto e estava junto o tempo todinho. De repente, eu volto a me ver o tempo quase todo sozinho, tendo de viver comigo apenas e com o mundo. Ana e Luiz eram ótimos e sempre davam apoio, mas a convivência com eles nunca chegou nem perto do que era com o Fred.

E havia ainda outros agravantes da minha situação... e eu lá, all by myself. Mesmo Luiz que estava numa fossa muito parecida comigo arrumou uma namorada e tava todo feliz da vida. Eu sentia que tava todo mundo seguindo em frente, sacudindo a poeira e dando a volta por cima e eu lá, atolado na lama. E sem ninguém pra ajudar a empurrar.

Mas o anjo que nunca saiu do meu lado foi a Ana. Ela sempre fazia questão de saber se eu estava bem e de fazer o que estava a seu alcance para me ajudar a me sentir melhor. Ela já tinha passado por uma situação sentimental muito parecida com a minha (mas bem pior) e sabia exatamente o que eu estava sentindo. E estava lá pra dar o suporte.

Não foi um processo rápido. Demorou este segundo semestre de 2012 inteirinho, mas eu reconstruí minha auto-estima. Como disse no post do fim de ano passado, minha vida não está perfeita. Está bem longe disso, aliás. Só que isso não é o fim do mundo. Eu posso muito bem tentar resolver uma coisa de cada vez. E este ano foi o tempo de eu me resolver comigo mesmo. 2013 agora eu vejo como sendo o tempo de eu resolver meus estudos e trabalho e assim vai. Aos poucos.

Eu ainda tenho meus dias ruins, mas na maior parte dos dias, eu acordo sorrindo para o dia e ele me sorri de volta. E se ele não sorri, eu taco o foda-se e continuo sorrindo. E não há tesouro que compre esse sentimento. E eu sei que pensando assim eu vou conseguir construir um futuro bem melhor do que eu teria se deixasse de construir a minha própria força. Ou se ficasse mentindo pra mim mesmo dizendo que não havia problema na minha vida e fosse levando como se nada tivesse acontecido.

Pra concluir, falando a verdade, a última coisa em que estou pensando agora é me envolver sentimentalmente com alguém, mas não descarto essa possibilidade. Como disse uns dois parágrafos atrás, uma coisa de cada vez. E, dessa vez, acho que é hora de pensar no meu futuro.

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E assim conclui-se a história da minha maior desventura amorosa. Se der na telha, eu continuarei trazendo fatos da minha vida que eu ache interessante compartilhar.

Meus caros, tudo na vida tem saída e, mesmo que você não consiga enxergar agora, você vai conseguir em algum momento. Você só precisa ter fé em si mesmo e no poder do tempo (e agora eu tô soando igual a livro de auto-ajuda. Como eu odeio isso! Então vou parar por aqui!!!)

Beijos e abraços

domingo, 20 de janeiro de 2013

Coisas da vida: Sobre o Charme

Charme: palavra misteriosa. Eu não sei exatamente e acho que não há ninguém que saiba medir o que é o charme. Só que charme, pelo menos é o que eu penso, pode ser determinante para o quanto uma pessoa chama a atenção. Um cara pode nem ser tão bonito, mas muito charmoso e isso, de certa forma, o torna bonito. Enquanto um outro pode ser lindo, mas sem charme nenhum, ele acaba ficando sem sal.

"Eu só queria enxergar..."

Charme pode ser tantas coisas! Às vezes pode estar ligado à beleza física. Olhos penetrantes ou um sorriso belo podem ser um charme. Mas tem coisas muito além que podem ser charmosas também. Um papo firme, um humor magnético, talvez só uma cabeça legal ou uma postura bacana já sejam um baita de um charme.

O fato é que todo mundo tem um "quê a mais". Seja aquele que contagia todo mundo do ambiente ou então um charme mais direcional, que poucos têm o privilégio de apreciar (o que não quer dizer que não exista).

Talvez por esta geração (ou talvez todas as gerações, sei lá. Talvez isso seja um mal inerente à natureza humana) ser tão bitolada por aparências, devido a um "preconceito visual", muitos acabam deixando escapar pessoas que são tesouros inestimáveis.
Wagner Moura é um exemplo de homem no qual não vejo 
nenhuma beleza especial, mas é detentor de um charme e tanto!

Um dos motivos de eu não curtir balada é que lá, tudo se resume a aparências, sensações primeiras e imediatas. O que, por um lado, pode até ser bom, mas não se pode resumir a sua vida íntima a isso. Tudo bem se você gosta, mas não deixe isso limitar a sua vida.

Eu já curto mais um lugar onde se possa bater um papo bacana, apreciar a paisagem, beber alguma coisinha ou comer uma boa refeição ou lanche. Pode ser que seguindo este meu caminho seja bem mais difícil achar alguém "do meio", mas eu não perco a esperança. Duas pessoas muito especiais da minha vida já falaram uma coisa muito bonita que quebrou um pouco o meu ceticismo em relação a coisas metafísicas e sobrenaturais:

Nada acontece por acaso. Viemos de outras épocas e outros mundos e estamos sempre nos despedindo e nos encontrando. Quando você encontra aquela pessoa que parece que faz eras que se conhecem, muitas vezes é porque vocês não estão se conhecendo, mas se reencontrando. A tendência é se reencontrar.

Bom, acreditar nisso ou não já vai de cada um. E isso também nem tem muito a ver com o tema central da postagem, mas achei bacana dizer. O que importa é que as pessoas não fiquem obcecadas por tornar-se algum ícone de beleza ou por copiar aquelas figuras que a mídia gosta tanto de propagar como padrão de beleza. É só cuidar de si que uma hora vai aparecer alguém.

As raízes da beleza e, principalmente do charme, vão muito além de qualquer um desses conceitos que hoje são tão difundidos por aí.

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Bom, galeras, esse é o texto. Ele é meio que continuação do post que escrevi na semana passada. A ideia era ter feito estes dois textos juntos, mas o primeiro foi tomando um caminho em que ele terminou se fechando em si, então resolvi fazer textos separados. Talvez ainda haja um terceiro tema que feche esta trilogia de posts, mas ainda vou ver se escrevo ou não.

E por hoje é só mesmo. Quarta-feira teremos o último post relativo à vez que me apaixonei pela primeira vez, contando o que aconteceu comigo depois, como, no fim das contas, acabei dando a volta por cima me tornando uma pessoa, de certa forma, mais forte.

Ósculos e amplexos

Até a próxima!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

In my Life - Quando me apaixonei pela primeira vez - Parte III de III

Clique para ler a Parte II

Como a amizade é importante! Como eu sempre ignorei isso? Não por mal. Às vezes simplesmente por medo de me expor. Medo de eles acharem isso tudo que eu sinto piegas e bobo. Ah, qualé! No fundo, todo ser humano é piegas. Por mais que se esconda atrás de máscaras de intelectualidade, macheza ou seja lá o que for.

Música brega demais. Nem parece ser mesmo dos Mutantes, mas eu gosto. O que eu acabei falar de pieguismo mesmo?

O primeiro pra quem contei tudo foi o Luiz. Foi importantíssimo tirar esse peso das costas. Na hora eu fiquei desconcertado... Eu sempre fico desconcertado quando falo dos meus sentimentos. Ainda mais pessoalmente... O Luiz, que conhecia e era amigaço do Fred há bem mais tempo que eu, disse que sentia que havia uma ligação muito, muito forte entre eu e o dito, mas que ele não entendia direito o que era isso, qual era a função desse sentimento. Ele virou meio que meu confidente a partir daí. E eu o dele.

Depois disso, foi a vez da Ana. Ela observa muito os comportamentos das pessoas e logo foi juntando as peças e entendendo o que estava rolando. Ela inclusive percebeu minha proximidade com o outro Luiz e chamou ele pra conversar num canto e falou algo assim:

-Poxa, é triste ver o LC nesse estado, né?
-Aham!
-Acho que ele está gostando muito de alguém.
-Sei lá... deve ser.
-O pior é que o Fred nem se toca, né?

Meu amigo ficou tão surpreso que ele nem conseguiu desconversar. Depois veio falar disso comigo meio preocupado por ter "deixado escapar" meu segredo, mas eu tava de boa. A Ana ia ser a próxima pra quem eu ia contar mesmo... E que amizade sensacional foi essa que floresceu a partir daqui! Talvez depois eu dedique um post só a ela.

Mas o que aconteceu foi que esses dois me ajudaram a achar as forças pra ir atrás do que eu queria. E eu queria o Fred. Antes, claro, eu tinha que ter certeza sobre os sentimentos dele, então foi isso que eu fiz. Aproveitei um dia em que eu estava quase explodindo o sentimento dentro de mim, tomei uns goles de vodka pra criar coragem e falei.

Contei que era ele a pessoa inesperada que apareceu no meu caminho que fez eu mudar tantas concepções sobre tantas coisas sobre mim e sobre o mundo. Contei que ele era a pessoa por quem eu tanto sofria e quem eu tanto queria. Falei um monte de coisa sentimental que agora eu nem lembro mais. Acho que eu nunca chorei tão copiosamente na frente de outra pessoa como nesse dia. Eu, que não costumava chorar na frente de ninguém. Ele disse bem despreocupado que tava tudo bem, mas que essa não era a dele. E que não precisávamos deixar de ser amigos por causa disso.

Foi um fora muito carinhoso, mas foi um fora. E pra mim, foi O fora. Eu, que nunca tinha gostado de ninguém e que, de repente, me via gostando tanto de alguém que não enxergava um futuro longe desse cara. Nem consegui dormir essa noite. Fiquei chorando a madrugada inteira. E fiquei ultra triste a semana inteira. O pior é que a gente tinha que se ver quase todo dia. Estávamos no mesmo grupo de trabalho e no mesmo grupo de amigos. Foi dose! Mas com a ajuda do Luiz e da Ana, eu consegui passar por tudo. Foi muito dolorido, mas eu sobrevivi.

O que veio depois disso

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Bom, acho que a história (quase) toda é essa. Eu queria ter escrito com mais detalhes ou sei lá, mas isso foi o que saiu e eu acho que é bom o bastante. O importante é o sentimento que isso tudo me causou e espero ter conseguido passar isso pros leitores.

Ainda vou fazer mais um capítulo dizendo o que aconteceu depois, até eu chegar neste lugar onde estou. Falei sobre esse "lugar" no meu post do fim do ano passado e tentarei explicar um pouco melhor o processo no próximo texto.

E por hoje é só, pessoas!

Beijos, abraços e força!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Coisas da Vida: Mente sã


Vou dizer uma coisa: acho muito feio gente bombada. Sei lá, é um gosto pessoal, cada um tem o seu e ponto. Entretanto, eu devo acrescentar que nem é exatamente o aspecto visual que me traz esse desgosto por essa galera mais "forte", mas uma outra série de fatores.

Outro contexto, mensagem parecida (pelo menos no meu ponto de vista). Musiquinha pra acompanhar o post.

Eu sempre fui da concepção que é muito mais importante o conteúdo que a embalagem. A beleza física é uma coisa linda, mas é passageira. Uma mente sã tem longevidade vitalícia (a não ser em casos de doenças psicológicas ou Alzheimer, mas não vamos por esse caminho). Eu sei que parece clichê isso que eu tô falando, mas é muito verdade.

Sem contar que atualmente as pessoas estão meio malucas. Muitos estão por aí nos chamando de "geração saúde", mas eu nos chamo de "geração aparências". Pelo que eu tenho enxergado por parentes, colegas e conhecidos, é que há uma preocupação muito maior em mantes as aparências do que em realmente se ser saudável. É apenas conveniente que a saúde venha junto.

E isso quando se tem saúde. Tem alguns que ficam tão obsessivos com isso que abdicam até da saúde para ter um corpo perfeito, digno de muitos desses "atores" globais. Mas o ponto central do texto não é este, então vamos parar por aqui.

Uma coisa é certa: ninguém é perfeito. Outra coisa é certa: viver é fazer escolhas. Para ter o corpo perfeito, algum outro aspecto da sua vida com certeza foi sacrificado. E muito certamente, as horas gastas na academia sacrificaram um livro bacana, um filme belo, um disco inteligente ou uma peça instigante.

Não sei quanto a vocês, mas a pior coisa é uma pessoa linda, mas sem conteúdo. Uma hora vai encher o saco só olhar pra ela. Mas um papo massa é coisa de outro mundo. Não há coisa melhor que poder ficar horas falando com uma pessoa, nem que seja sobre as trivialidades do universo (ou, às vezes, principalmente se forem as trivialidades :p ). Quando a cabeça é legal, até as trivialidades são as coisas mais interessantes da Terra!

E, por isso, acho muito, MUITO melhor um magrelo inteligente, um gordinho cabeça do que um saradão que seja só isso: um saradão. Claro que não devemos virar uns enclausurados que só se alimentam de cultura e deixam o corpo pra lá. Sejamos saudáveis. Só que saúde não é sinônimo de corpo "perfeito", devemos aprender isso. Um dia a idade bate e você não vai ser capaz de manter o corpo e as faces da mesma maneira que era antes. E, por favor, não deixe que o auge da sua vida seja um corpão bonito que você tinha aos vinte e tantos anos.

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Bom, galera. É isso. Engraçado que eu queria ter falado de mais coisas, mas o texto foi tomando forma de um jeito que essas outras coisas acabaram ficando de fora. Curioso como isso acontece quando você vai escrevendo! Então acho melhor deixá-las para uma próxima vez.

Dei uma quebra nas postagens sobre meu primeiro "amor", mas eles continuarão sendo postados. Na quarta-feira tem a terceira e última parte da história, mas eu vou fazer uma quarta parte, que envolve o que foi acontecendo comigo em decorrência de tudo que eu contei.

Beijos, abraços e nos vemos na próxima!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

In my Life - Quando me apaixonei pela primeira vez - Parte II de III

Clique para ler a Parte I

"Já era. Fudeu. E aí? Como é que faço agora? Estava apaixonado. Porra nenhuma! Isso de se apaixonar é coisa de novela. Ou então pra qualquer outra pessoa do mundo. Eu não. Eu sei que eu nasci pra ficar sozinho e já me conformei com isso. E não há nada que vá me fazer mudar de ideia.

Música perfeita para o momento e o sentimento

"Além do mais, isso é uma paixonite, uma besteirinha. Jajá passa.

"Mas aqueles olhos... não! Nada disso.

"Mas aquela voz... ah! Que isso! Que besteira!

"O jeito que ele me trata, que ele me toca... será mesmo?

"As coisas que ele me fala... aquelas pernas! Tudo! Não é possível! Não consigo tirar mais essa peste da minha cabeça!

"Mas ele tem namorada. Ele num quer nada comigo! Mas ele passa mais tempo comigo do que com ela! A gente troca mensagem o tempo todo. Quando se liga, fica horas falando porra nenhuma no telefone.

"E aquela vez em que ele... Mas aquela outra vez em que ele... E teve essa vez em que ele... Alguma coisa aí tem! Não é possível que seja só amizade mesmo. Olha o jeito que ele me olha! E olha essa necessidade de sempre me ter por perto!

"Olha! Ele terminou com a namorada! Aí está minha chance! Será mesmo? Ah, mas ele está tão tristinho! Vou consolá-lo sem esperar nada em troca [e realmente não tive. Mas foi a coisa certa a se fazer]. Ah, não acredito que ele quer voltar com ela. Haja carência! Céus! Ok. Que quebre a cara. Eu já falei o que tinha que falar, ele que se estrebuche.

"Eu sabia que ele ia se estrebuchar! Eu avisei. Mas nem vou jogar isso na cara dele, coitado... Ah, não me olha assim, vai! Ok, ok, vamos ao cinema, Fred! Só eu e você, mas sem segundas intenções... Só que me segurar tá ficando cada vez mais difícil!"

E assim foi por um bom tempo. Em meu silêncio e solidão, eu ia alimentando esse sentimento que eu sabia que tinha retorno. Ou será que não? Eu nunca soube de verdade. E o que no início era até bom, começou a me corroer por dentro. Será que ele não sentia o mesmo? Como ele não poderia?

Foi a essa altura que eu tive uma briga feia com meus pais (sobre assuntos totalmente alheios) que me botou numa deprê meio tensa. E a minha situação com o Fred não ajudou em nada o meu humor.

Aquilo que sentia por ele já estava me matando. E as pessoas começaram a perceber essa minha melancolia. Mesmo para alguém sempre tão fechado como eu, a tristeza estava ficando muito perceptível. Nem sei se os outros colegas de trabalho chegaram a juntar os pauzinhos e entender o motivo e, pra falar a verdade, nem me importava. E nem me importa. E eu achando que ia morrer com aquele sentimento preso na garganta.

Mas aí surgiram na minha vida duas figuras mágicas...

Clique para ler a Parte III

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Esta é a segunda parte da história que eu acho que terá três partes. Reitero aquilo que disse na parte anterior sobre achar tudo muito bobo. Como é que eu me deixei derrubar por uma bobagem dessas? Até hoje eu não entendo... Mas aconteceu. E hoje sou uma pessoa bem mais forte por causa disso. No fim das contas, acho que tudo meio que tem seus motivos.

Is- iss- isso- é isso é- isso é tudo, pe- pe- i-isso é t-tudo, pe-pessoal

beijos, abraços e beijos e abraços!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

In my Life - Quando me apaixonei pela primeira vez - Parte I de III


Como já havia dito em outro post, não fui muito de me apaixonar perdidamente pela maior parte da minha vida. Achei até que era imune a essas bobagens. Até que aconteceu.

Musiquinha mais upbeat, só pra dar uma variada

Quando conheci o Fred, nem dei muita bola. Achei que era um menino bonitinho, fazia até o meu tipo, mas deixa pra lá. Enturmão demais, não gosto disso... Sem contar que ele tinha namorada. Tô longe!

Estávamos juntos numa espécie de grupo de trabalho. Nos víamos semanalmente. Eu às vezes me pegava olhando pra ele e ele olhando pra mim. (Pra falar a verdade, eu até hoje não entendi isso direito, mas isso eu tenho certeza que não era coisa da minha cabeça, diferente do que pode ser muitas das coisas que eu escrevo a partir daqui). Mas eu não tava nem aí. Só achava estranho. "Eu, hein... vai ficar encarando a tua namorada e me deixa em paz, vai!"

Mas, das palavras burocráticas que trocávamos, às vezes escapava um gosto musical em comum, uma ideia parecida, uma coisinha aqui, uma coisinha lá. Quando me dei conta, éramos "amigos de infância". Onde eu ia ele ia, onde ele estava, eu estava. Um outro amigo que tínhamos em comum, que o conhecia há mais tempo até me falou uma vez "cara, que saco! Eu não posso chamar o Fred pra fazer nada que ele já quer que chame o LC pra ir também".

Até aí tudo bem. Eu tava levando de boa. Era ótimo ter um amigo, um cúmplice como raras vezes antes tive a oportunidade de ter. Mas é que a gente tinha tanta coisa em comum... a gente vivia conversando por horas a fio, querendo mais... ele me abraçava com tanto gosto sempre que cumprimentava ou se despedia... eu, que não gostava de abraçar ninguém... ele chegava a passar mais tempo comigo do que com a namorada dele. E ela morria de ciúmes de mim. Dizia que eu ia tirá-lo dela.

Num dia de trabalho, conseguimos cumprir uma determinada meta e ele me deu um abraço tão apertado e tão longo que eu fiquei com as pernas bambas. Foi quando eu pensei comigo mesmo: "merda".

Parte II

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E aqui conclui-se a primeira parte desta minha tosca desventura. Me sinto tão bobo revisitando todas essas memórias... mas lembro de algo que o poeta falou sobre cartas ridículas e afins e me sinto um pouco melhor.

O Cesinha, comentando naquele outro post que citei no início do texto, disse que esse era o meu "amor adolescente", que me veio tarde devido ao histórico que eu relatei no dito post. Eu até que concordo com ele. De verdade.

Aqui começa esta nova seção sobre posts que contam a minha história de forma não-cronológica. Preferi fazer uma seção nova a continuar com o "Coisas da Vida" por causa da temática. In My Life trata mais de fatos e, mesmo que não tão factuais assim, coisas mais pontuais. Coisas da Vida é diferente. Sei lá como vou explicar. Então nem vou. E marcarei algumas postagens antigas com esse rótulo, pois acho importante como organização.

Não vou demorar para completar esta história. Na verdade, acho que escreverei toda de uma vez e programarei a publicação das partes (que podem ser só duas, sei lá. Era pra ser só uma parte, mas nem esperei que eu fosse escrever tanto).

Beijos, abraços e feliz 2013!