quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

In my Life - Quando me apaixonei pela primeira vez - The Aftermath

Clique para ler a Parte III

Ou aqui para ler do começo

Como havia dito, eu havia levado O fora do cara que eu curtia. É claro que não foi um fora escroto, foi até bem manso e atencioso. Mas você não vê por esse lado quando você está no estado que eu estava.

"E ainda estou confuso, só que agora é diferente
Estou tão tranquilo e tão contente"

Por um mês inteiro que sucedeu ao fato de eu ter contado tudo para o Fred, eu fiquei na bad. Principalmente na primeira semana, foi a fossa das fossas. Era raro eu sair de casa. Era raro eu levantar da cama.

Eu me sentia tão sozinho... estava brigado com meus pais, meus outros parentes não estavam nem aí, meu melhor amigo, por quem eu era apaixonado estava me tratando de um jeito tão esquisito, eu já não tinha amigos na faculdade (e nem pretensões, já que eu nem gosto do meu curso e me sentia muito culpado por isso, o que piorava a minha situação), eu tava sendo deixado de lado por tudo que me importava na vida. Em outras palavras: eu não tinha chão. Só queda livre. Para todo o sempre.

Mas era só o que eu achava. Não tenho como demonstrar gratidão o suficiente por Luiz e Ana terem ficado ao meu lado em momento que eu estava tão fragilizado.

No fim desse mês de fossa, rolou uma viagem com esse grupo de amigos. Uma viagem sensacional em quase todos os sentidos. Me diverti pacas, mas ao mesmo tempo estava morrendo de desgosto por ter sido deixado de lado pelo Fred, que também estava na viagem. O fato é que nessa viagem me ficou muito claro uma coisa: continuar vendo o Fred quase todo dia, como sempre havia sido, não ia me fazer bem nenhum. Muito pelo contrário.

Ele não sabia mais como se portar comigo. Ele já me tratava de um jeito diferente, às vezes meio agressivo, às vezes meio frio. Eu, por outro lado, tentava observar nos mínimos gestos dele algo que pudesse indicar que ele fosse voltar atrás em sua decisão e resolver ficar comigo. A gente se gostava muito (claro que de maneiras diferentes), mas nenhum dos dois sabia direito como se portar mais. E o mais afetado com isso tudo era eu.

Decidi então me afastar. Era tempo de pensar em mim mesmo e a nossa amizade continuava me corroendo. Eu não estava melhorando nem um pouco. Então, para o meu bem (e ainda espero que também para o bem de nossa amizade), eu cortei relações com ele. Não ligaria pra ele e também não queria que ele me ligasse. Nem mandasse mensagens. Deletei-o no facebook e evitava sair com o pessoal se ele fosse sair junto. Arranquei o band-aid de uma vez só.

No início foi terrível. Ele era o meu maior cúmplice. A gente fazia tudo junto e estava junto o tempo todinho. De repente, eu volto a me ver o tempo quase todo sozinho, tendo de viver comigo apenas e com o mundo. Ana e Luiz eram ótimos e sempre davam apoio, mas a convivência com eles nunca chegou nem perto do que era com o Fred.

E havia ainda outros agravantes da minha situação... e eu lá, all by myself. Mesmo Luiz que estava numa fossa muito parecida comigo arrumou uma namorada e tava todo feliz da vida. Eu sentia que tava todo mundo seguindo em frente, sacudindo a poeira e dando a volta por cima e eu lá, atolado na lama. E sem ninguém pra ajudar a empurrar.

Mas o anjo que nunca saiu do meu lado foi a Ana. Ela sempre fazia questão de saber se eu estava bem e de fazer o que estava a seu alcance para me ajudar a me sentir melhor. Ela já tinha passado por uma situação sentimental muito parecida com a minha (mas bem pior) e sabia exatamente o que eu estava sentindo. E estava lá pra dar o suporte.

Não foi um processo rápido. Demorou este segundo semestre de 2012 inteirinho, mas eu reconstruí minha auto-estima. Como disse no post do fim de ano passado, minha vida não está perfeita. Está bem longe disso, aliás. Só que isso não é o fim do mundo. Eu posso muito bem tentar resolver uma coisa de cada vez. E este ano foi o tempo de eu me resolver comigo mesmo. 2013 agora eu vejo como sendo o tempo de eu resolver meus estudos e trabalho e assim vai. Aos poucos.

Eu ainda tenho meus dias ruins, mas na maior parte dos dias, eu acordo sorrindo para o dia e ele me sorri de volta. E se ele não sorri, eu taco o foda-se e continuo sorrindo. E não há tesouro que compre esse sentimento. E eu sei que pensando assim eu vou conseguir construir um futuro bem melhor do que eu teria se deixasse de construir a minha própria força. Ou se ficasse mentindo pra mim mesmo dizendo que não havia problema na minha vida e fosse levando como se nada tivesse acontecido.

Pra concluir, falando a verdade, a última coisa em que estou pensando agora é me envolver sentimentalmente com alguém, mas não descarto essa possibilidade. Como disse uns dois parágrafos atrás, uma coisa de cada vez. E, dessa vez, acho que é hora de pensar no meu futuro.

---

E assim conclui-se a história da minha maior desventura amorosa. Se der na telha, eu continuarei trazendo fatos da minha vida que eu ache interessante compartilhar.

Meus caros, tudo na vida tem saída e, mesmo que você não consiga enxergar agora, você vai conseguir em algum momento. Você só precisa ter fé em si mesmo e no poder do tempo (e agora eu tô soando igual a livro de auto-ajuda. Como eu odeio isso! Então vou parar por aqui!!!)

Beijos e abraços

5 comentários:

  1. Bem interessante este teu blogue.
    Vou acompanhar... com gosto!
    Abraços

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Brigadão, Pedro!
      Dei uma olhada no teu blog também e achei bem interessante. Vou ver se dou conta de acompanhar lá.
      abraço!

      Excluir
  2. Um passo de cada vez, um pé atrás do outro. Sem parar.
    Muito legal o blog!
    Abraço!

    ResponderExcluir
  3. Ah, e a música me lembra da adolescência, era a minha preferida do Legião. É, aliás.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado pela visita, Chico! E Quase sem Querer é realmente uma música muito boa, mas eu acho que Legião tem umas muito melhores ;p
      Mas isso é gosto de cada um ;)

      Abraço!

      Excluir